"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

CONSAGRAÇÃO DA FAMÍLIA A SAGRADA FAMÍLIA






Sagrada Família, Jesus, Maria e José, consagro minha vida e minha família a Vós, para vivermos como autêntica Igreja doméstica, verdadeira comunidade de amor, onde Deus é o primeiro a ser servido, fazendo tudo para sua maior glória, amando-nos e amando ao próximo como a nós mesmos.

Nos comprometemos a viver a santidade no cotidiano, assim como viveram os santos Luís e Zélia Martin, pais de santa Teresinha do Menino Jesus, na humildade, na alegria, no acolhimento da vida, no trabalho honesto, no cultivo das virtudes evangélicas, na promoção das vocações, no apostolado, com fé viva, confiante esperança e ardente caridade.

Queremos, como eles, confiar na Divina Providência e nos abandonar à Vontade de Deus, pois seguiram vosso modelo, na simplicidade da Família de Nazaré.

Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!
Santos Luís e Zélia Martin, roguem por nossas famílias!



Fonte: Comunidade Católica Sagrada Família.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

FAMÍLIA, FONTE DE VALORES SOCIAIS



Pe. José Carlos Pereira


"A família, como instituição social, é determinante para o tipo de sociedade que se tem."



Todos os valores sociais são pautados pela família e nelas são, ou deveriam ser, moldados. Numa sociedade em que a família perdeu, ou está perdendo, seus referenciais na formação de pessoas de boa índole, ou seja, com valores morais e éticos, vamos ter uma sociedade carente desses valores. É o que comumente vemos em boa parte daqueles que ocupam ou querem ocupar cargos públicos nas várias instâncias da sociedade, sobretudo na política, seja nos municípios, nos Estados ou no governo federal. 
A clássica questão da sociologia, com base no pensamento de Jean-Jacques Rousseau, é se a pessoa já nasce corrupta ou é a sociedade que a corrompe. Rousseau diz que ninguém nasce mau, é a sociedade que o corrompe. Augusto Cury afirma que a pessoa nasce neutra, nem boa nem má, mas é o sistema social que educa ou realça instintos. Tudo indica que ninguém nasce predestinado a ser uma pessoa má, um ser corrupto, ou uma pessoa boa e idônea, mas é o meio em que se vive que vai moldando e determinando seus caráter.
Esse meio primordial é a família. A família é a primeira comunidade e a primeira sociedade em que uma pessoa vive. É na família que se aprendem valores que nortearão a vida. Vemos, assim, o tamanho da responsabilidade da família. Quando ela se esquiva de ensinar os principais valores da vida social, como os já supracitados (éticos e morais), e também os valores religiosos, ou a educação no sentido estrito do termo, entre outros, vamos ter pessoas que não saberão viver em sociedade e dificilmente respeitarão os demais. Por exemplo, uma família, ou pessoa, que confia a responsabilidade da educação dos filhos à escola ou a qualquer outra instituição não entendeu o papel da família. Vale lembrar que a escola instrui, mas é a família que educa.
Por essa razão, a Igreja tem tanta preocupação com a família. Se a família se desmantela, teremos consequentemente, uma sociedade desmantelada. Já disse isso noutro artigo, mas repito a título de reforçar esse axioma, pois ele é determinante para uma sociedade de justiça e paz.
Acredito que todos nós queremos um mundo melhor, justo e fraterno, e nos preocupamos com o tipo de sociedade que vamos deixar para nossos filhos. Mas será que alguém tem se preocupado com que tipo de filho vai deixar para a sociedade? Se a família negligencia a educação dos filhos em casa, ela vai deixar para a sociedade filhos pouco educados e aí só poderemos ter uma sociedade mal educada, porque quem faz a sociedade somos nós, pessoas. Quanto mais pessoas de bem existirem na sociedade , mais de bem será ela. Isso parece óbvio, mas na prática não vem acontecendo e parece que não é visto por esse lado. Se nós vemos tanto desrespeito com o semelhante e com as demais obras da criação é sinal de que não temos pessoas devidamente educadas na sociedade. De quem é a culpa? Posso afirmar categoricamente que a maior parcela de responsabilidade recai sobre a família. Outra parte, bem menor, é responsabilidade de outras instituições, como a escola, a Igreja e o Estado. Por essa razão afirmo que a família é a norteadora de valores de uma sociedade. Vale a pena pensar nisso e dar mais atenção à família.


Fonte: Revista Ave Maria - outubro de 2018.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Dia a Dia com Santa Teresinha: o Calendário de uma Família

Apresentamos para as famílias cristãs um livro sobre a família de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Dia a Dia com Santa Teresinha: o Calendário de uma Família”, do Carmelita Secular Carlos Vargas com prefácio do Frei Patrício Sciadini (OCD). 

"Espera-se que as famílias brasileiras encontrem aqui um livro de cabeceira, consultando os fatos de cada dia e rezando a partir desses acontecimentos. Hoje em dia, esse livro adquire mais importância ainda, como suporte para aqueles que trabalham nos meios de comunicação, divulgando a vida de Santa Teresinha e o carisma carmelita.
Um dos temas mais importantes do mundo contemporâneo é a família. São João Paulo II já havia alertado: “o futuro da humanidade passa pela família”. E o Carmelo também tem muito a nos ensinar para a espiritualidade dos leigos que querem construir uma família de acordo com a aquela Rocha verdadeira que é Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 7,21-27). Quando o Papa Francisco canonizou recentemente os pais de Santa Teresinha, foi dado um grande incentivo para a importância da vivência da santidade naos casais e nas famílias do mundo inteiro. Aqui está um livro de referência para preparar a divulgação da espiritualidade dessa santa família, incluindo informações sobre São Luís Martin e Santa Zélia Guérin, pais de Santa Teresinha.
O Santo Evangelho é sempre novo e atual, especialmente nesse ano do Laicato proclamado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Brasil precisa do nosso testemunho leigo, que começa na família. Aquilo que aconteceu na vida da família de Santa Teresinha nos chama atenção pela semelhança com nossa realidade contemporânea. O objetivo desse calendário de Santa Teresinha é apresentar fatos relacionados com a sua vida e a sua família. Dentre esses fatos está a cura que ela obteve pela intercessão de Nossa Senhora do Sorriso. No final deste livro, encontra-se um roteiro de novena ou celebração para aqueles que mais precisam da intercessão da Santa que tem distribuído rosas do Céu.
Que esse livro de Carlos Vargas ajude a despertar a chama do Amor Divino que somente o Espírito Santo pode acender em cada coração. Afinal, “o Espírito sopra onde quer” (Jo 3, 8).
Acompanhar a família de Santa Teresinha é mais do que um estudo histórico, é um questionamento para as famílias cristãs de nosso tempo. Sua família precisa de ajuda? Confie em Deus, siga o exemplo da Sagrada Família de Nazaré." (Prefácio do Frei Patrício Sciadini, OCD). 

À venda pelo site da Editora LTR.
http://www.ltreditora.com.br/lancamentos/dia-a-dia-com-santa-teresinha.html
Fonte: Portal A12 (Aparecida)
http://www.a12.com/academia/noticias/lancamento-dia-a-dia-com-santa-teresinha-o-calendario-de-uma-familia

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Aborto: estatísticas corretas permitem definir políticas em defesa da vida






Desde os anos 60, têm sido divulgados números hoje sabidamente falsos sobre as estatísticas de abortos provocados.
Quando o Brasil contava com apenas 80 milhões de habitantes, a revista "Realidade" (maio de 1966) publicava que se realizavam no Brasil um milhão e quinhentos mil abortos por ano. Em setembro do mesmo ano, a mesma revista descia aos detalhes: seriam exatamente 1.488.000 de abortos por ano.
Na mesma época, quando os Estados Unidos contavam com 200 milhões de habitantes, o médico que coordenou a campanha pela legalização do aborto em Nova York divulgava que se realizavam ali 1 milhão e meio de abortos por ano. Mais tarde, após o aborto ter sido legalizado, ele declarou publicamente que sabia que não passavam de 100 mil e que ele havia mentido, mas afirmou também que ninguém lhe havia perguntado as razões do número apresentado.
Em 2003, o atual vice-ministro da saúde do Uruguai declarou em audiência pública no Senado que se realizavam no país 150.000 abortos por ano. No ano seguinte, o número foi corrigido para 33.000 abortos por ano, mas em 2006 já se falava em 52.000 abortos por ano. Próximo à legalização do aborto, passou-se novamente a insistir na cifra de 33.000 abortos por ano. Mas, após a prática ter sido aprovada pelo Congresso e quando o governo já declarava que não mais se faziam abortos clandestinos no país, verificou-se que se realizavam apenas seis mil abortos por ano no Uruguai.
Esse modo de tentar comprovar a necessidade de aprovar o aborto tem sido recorrente quando da discussão sobre o aborto. Os promotores do aborto sempre multiplicaram os verdadeiros números por 10 ou 20 vezes. O ardil sempre funcionou porque ninguém foi conferir as razões dos números.
Ao tramitar no Supremo Tribunal Federal a ADPF 442, que pretende declarar o aborto como um direito fundamental, repete-se a mesma tática. Não podemos assistir o mesmo filme e repetir os mesmos erros. É importante desmascarar uma impostura já conhecida e estudada, mas principalmente afirmar que os verdadeiros números apontam para a necessidade de políticas públicas com as quais as mulheres não precisam do aborto para serem socorridas.
No dia 29 de junho de 2018, um Jornal publicou artigo em que afirma ter obtido em primeira mão um levantamento que "consta de um relatório do Ministério da Saúde que deve subsidiar o STF em ação que pede a descriminalização do aborto".
No dia 29 de junho de 2018, um Jornal publicou artigo em que afirma ter obtido em primeira mão um levantamento que "consta de um relatório do Ministério da Saúde que deve subsidiar o STF em ação que pede a descriminalização do aborto".
A notícia assegura que, no Brasil, se provocam 1 milhão e 200 mil abortos por ano. Sustenta, com base nestes números, que, em uma década, o SUS gastou R$ 486 milhões com internações para tratar as complicações do aborto, sendo 75% deles provocados. De 2008 a 2017, 2,1 milhões de mulheres teriam sido internadas por este motivo. Este número inclui as internações por abortos naturais e provocados, o que daria cerca de 200.000 internações por ano por causa de abortos. É deste total que o Ministério da Saúde afirma que 75% são de abortos provocados, o que representaria, por ano, 150.000 internações por aborto provocado e apenas 50.000 por aborto natural.
Mas, como pode ser isto, se no Brasil nascem 2 milhões e 800 mil crianças por ano? Ora, os tratados de medicina afirmam que o número de abortos naturais, que ocorrem, em sua maioria, na segunda parte do primeiro trimestre, representa, em média, 10% do número das gestações. Neste caso, como a grande maioria dos abortos naturais passa por internações hospitalares, somos obrigados a afirmar que a grande maioria das 200.000 internações por aborto no Brasil se devem a abortos naturais, e não a abortos provocados. Ademais, confirma este número qualquer médico com experiência em pronto atendimento obstétrico, que dirá que os abortos provocados representam, no máximo, e possivelmente com exagero, 25% das internações por aborto. Assim, teríamos, no máximo, 50 mil internações por ano de mulheres que provocaram abortos.
No Brasil, em 2010 e 2016, foram realizadas duas pesquisas nacionais sobre o aborto, patrocinadas pelo Ministério da Saúde e premiadas pela Organização Pan-americana de Saúde. Estes estudos, intitulados "Aborto no Brasil: uma pesquisa domiciliar com técnica de urna", encontraram que, de cada 2 mulheres que praticam o aborto, uma tem de ser internada.
Ora, no Brasil, temos 200.000 internações por aborto a cada ano, incluídos aí os abortos provocados e os abortos espontâneos. Este número está em diminuição há alguns anos, cerca de 10% ao ano, segundo o DATA SUS.
Os obstetras que trabalham em atenção emergencial nos hospitais dizem, conforme já exposto, que a maioria dessas internações são de abortos naturais. No máximo 25% seriam de abortos provocados.
Portanto, haveria, por ano, 50.000 internações por abortos provocados, no Brasil. Então, como para cada dois abortos uma mulher é internada, teríamos um total 100 mil abortos provocados por ano no Brasil.
Este número é coerente com os dados dos livros de ginecologia e patologia, que dizem que cerca de 10% das gestações terminam em aborto espontâneo entre o segundo e o terceiro mês. Vejamos: como no Brasil temos 200 milhões de habitantes e 2.800.000 nascimentos por ano, o número de abortos naturais deveria ser de aproximadamente 280.000. Sabe-se que a maioria destes casos são atendidos em hospitais, para curetagem ou outros procedimentos. Este número é coerente com as 200.000 internações por aborto no sistema de saúde.
Assim, quando se estima que a maioria das internações por aborto se deve ao aborto espontâneo, além do testemunho dos médicos, temos uma fundamentação estatística para isso. A estimativa de, no máximo, 25% de abortos provocados nas internações por aborto, portanto, é provavelmente um número já superestimado.
Além disso, temos os números do IBGE, em cuja Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 se encontra a relação entre o número estimado de abortos espontâneos e de abortos provocados de 7,6 vezes mais abortos espontâneos que abortos provocados. Não há indicação de como estes dados foram calculados, mas é uma proporção de quase a metade do que supõem as estimativas aqui trabalhadas.
Portanto, já com possíveis superestimações, o número de abortos provocados deve ser estimado em metade das internações totais por aborto, ou seja, 100 mil abortos provocados por ano, já provavelmente superestimados.
Contudo, o IPAS, uma organização que promove o aborto internacionalmente, e o Instituto Allan Guttmacher, que pertence à IPPF, uma organização que é proprietária da maior rede de clínicas de abortos do mundo, dizem o contrário: que se deve multiplicar este número de internações por 5 ou por 6. Com isso, obtém-se as cifras de aborto para o Brasil entre 1 milhão e 1 milhão e meio de abortos por ano.
Este multiplicador é semelhante ao que o Dr. Bernard Nathanson, o articulador da legalização do aborto em Nova York em 1970, utilizou pela primeira vez, quando sabia que os abortos provocados nos Estados Unidos eram, no máximo, 100 mil, e disse para a imprensa, com a intenção de promover a legalização do aborto, que eram 1 milhão e meio, sem dar justificativas, cifras que, aliás, ninguém questionou. Naquela época a população americana era de 200 milhões, igual à do Brasil de hoje.
Mas no Brasil, desde os anos 60, quando nossa população era de 80 milhões, já se afirmava que se faziam 1 milhão e meio de abortos por ano. Quem divulgava estes números era a filial da IPPF no Brasil, chamada Benfam. O número nunca foi justificado.
Este número continuou a ser apresentado inalteravelmente até hoje, porém, as instituições que realizaram em 2010 o estudo "Aborto no Brasil: uma pesquisa domiciliar com técnica de urna", ao repetirem seu estudo em 2016, diante do fato que os movimentos em favor da vida já estavam apresentando os dados corretos, encontraram um modo de calcular este número não mais em 1 milhão e meio, mas em 412 mil por ano.
O argumento utilizado para fundamentar este número, que agora seria de 412 mil abortos, foi que, em 2016, teriam sido entrevistadas um total de 2002 mulheres entre 18 e 39 anos, das quais 251 teriam dito ter feito um aborto e, entre estas 252 mulheres, 27 teriam dito ter feito aborto em 2015, ou seja, 1,35% do número total das 2002 mulheres. Portanto, como há cerca de 37 milhões de mulheres com idade entre 18 e 39 anos no Brasil, multiplicando este número por 1,35%, obteríamos um total, segundo o estudo, entre 400.000 a 500.000 abortos provocados por ano.
Porém, o que não se consegue explicar é: por que se dizia que este número era de 1 milhão e meio até a pouco tempo? E por que agora o Ministério da Saúde, que patrocinou estas duas pesquisas, volta aos mais de um milhão de abortos por ano, segundo as tabelas oferecidas ao STF, que a Folha de São Paulo afirma ter copiado em primeira mão?
Mas, mesmo se um número de 400.000 fosse verdadeiro, então, neste caso, como as duas pesquisas constataram que, de cada duas mulheres que provocam aborto, uma é internada, teríamos de ter 200.000 internações por ano somente por aborto provocado no sistema de saúde. Se o número de abortos naturais é bastante maior que o de abortos provocados, consequentemente, teríamos que ter um número total de internações por aborto em torno de 800.000 ao ano, um número que não se verifica. Além disso, se no Brasil tivéssemos 800.000 de internações por aborto por ano, deveríamos ter cerca de 7 ou 8 milhões de nascimentos por ano, o que também não se verifica.
Segundo os próprios dados oferecidos pelas pesquisas dos defensores do aborto, esses números são flagrantemente insuflados e não podem corresponder à realidade. Se o Ministério da Saúde ofereceu este relatório ao STF e ao Jornal, isso já não sabemos.
Contudo, poderia restar, ainda, uma dúvida. E se estes números apresentados pela Folha ou pelos movimentos a favor do aborto fossem verdadeiros, não deveríamos legalizar o aborto para solucionar o problema?
Ora, uma eventual pergunta como esta nos parece apenas fruto da incapacidade de entender a realidade das coisas e da própria obstinação em se legalizar o aborto. Números não são apenas números, números sempre são sintomas de alguma realidade que seria a sua causa. A própria pergunta mostraria a incapacidade do autor em compreender a irrealidade que estaria por detrás destes números. Se, de fato, as mulheres brasileiras praticassem estes milhões de abortos clandestinos por ano, mais do que um problema de saúde, isso seria sinal de uma desintegração social sem proporções, uma situação que exigiria reformas estruturais imediatas e profundas, semelhantes às que ocorreriam em uma situação de pós-guerra. Ninguém, a não ser um ativista que pensa apenas na causa e, por causa disso, sua paixão não lhe permite captar a realidade, pensaria em oferecer a legalização do aborto como solução para reconstruir um país socialmente desestruturado por uma calamidade. Ademais, dadas as consequências psiquiátricas traumáticas reconhecidamente causadas pelo aborto, a magnitude de um número como este, aumentando entre 10 a 20 vezes a realidade do país, significaria a existência uma realidade social tão nitidamente desumanizada e aterradora, que não haveria sentido em nos indagarmos sobre a legalização do aborto, e sim, ao contrário, em como deveríamos reconstruir positivamente o tecido social.

Dom João Bosco B. Sousa, OFM,
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Bispo Diocesano de Osasco - SP

Fonte: http://www.cnpf.org.br/noticias/1302-aborto-estatisticas-corretas-permitem-definir-politicas-em-defesa-da-vida

terça-feira, 10 de julho de 2018

ORAÇÃO DOS CASAIS







Senhor Jesus peço que abençoe o meu coração e o coração de (nome do marido ou esposa). Abençoe nossa vida íntima para que haja amor, respeito, harmonia, satisfação e felicidade. Eu quero ser melhor a cada dia, ajuda-nos em nossas fraquezas, para não cairmos em tentação e livra-nos do mal. Derrame vossa graça sobre nossa família, nossa casa, nosso quarto e ponha teus olhos em nosso favor, para que nosso projeto de vida se realize, pois seremos fiéis a Ti. Queremos que o Senhor participe da nossa união e more em nossa casa. Conserva-nos no amor puro e verdadeiro e que todas as bençãos referentes ao matrimônio, estejam sobre nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

CARTA DE SANTA GIANNA BERETTA MOLLA A SEU ESPOSO PIETRO




30 de abril de 1959
quinta-feira à tarde


Meu caríssimo Pietro,

Recebi esta manhã sua carta de segunda-feira, escrita sempre "no céu", como diz o nosso Giggetto. Conseguiu finalmente dormir bem? Fiquei muito feliz por saber que segunda-feira você acordou como o sol alto. Aqui, ao contrário, ficamos sabendo pelo rádio que você havia passado por uma tempestade de chuva e vento e, enquanto não soubemos pela TWA que a aeronave havia chegado a Boston, ficamos todos preocupados. Gigetto está todo feliz por ter recebido a carta do papai e cuidadosamente a guardou na gaveta junto com o cartão-postal do avião.
Está sempre muito esperto, como também Mariolina. Esta noite não dormiram; tinham medo do vento e do temporal: trovões, água torrencial, vento, parecia o fim do mundo.
Também hoje não pudemos sair porque o mau tempo continua; paciência.
Ontem à noite e hoje tive um pouco de trabalho, pois substituí Nando. Agora, porém, voltou com Rita, infelizmente com sarampo. Isolamento, como é normal, das nossas crianças e esperamos... o melhor.
Meu querido Pietro, penso em você com muito, muito amor sempre, dia e noite, porque o amo muito; você sabe.
Gostaríamos de estar sempre juntos e abraçados, mas... ofereçamos ao Senhor esse sacrifício, para que olhe por nossa querida e bela família e a ajude.
Ainda ontem, no consultório, um representante de laboratório, observando as fotos de nossos tesouros, ficou admirado e não terminava nunca de dar-me parabéns, perguntando-me qual o meu segredo para fazê-los crescer tão bonitos assim.
Nenhum segredo, disse-lhe eu. Deus no-los deu sadios e esperamos que continuem sempre assim; não é verdade paizinho de ouro?
Tchau, papai, mil beijos do seu Gigetto e da sua menina querida. (trecho escrito pelos filhos)
Pierluigi não me deixava sossegada; queria escrever ao papai.
Até a próxima, belo Pedrin; passe bem e não trabalhe demais.
Muitas saudações de Zita, Cecco e Liberata, e beijos muitos amorosos de sua

Gianna


Fonte: Livro Cartas de Amor de uma Santa - de Gianna Beretta Molla para seu Marido. Organizado por Elio Guerriero. Ed. Santuário (2017).