"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

AS MÁRTIRES ESPANHOLAS

IR. MARIA DOS ANJOS
1905 -1936    

FAMíLIA:   VIVEIRO DE SANTOS

Às FAMíLIAS, raiz e célula da sociedade, dá a Ir. Maria dos Anjos de S.  José a visão do que seria o mundo, se todas as famílias fossem, como a sua, norteadas por princípios cristãos.  Nasceu em Getafe, Madrid, numa casa de dez filhos, em que o pai afirma­ va: "Tenho quatro filhas e a minha maior alegria, neste mundo, seria vê-Ia to­ . das consagradas a Deus". Assim sucedeu, embora ao separar-se da última filha e futura mártir, renunciasse à que era o encanto e amparo de sua viuvez. Desde de pequenina, a Ir. Maria dos Anjos mostrou-se invulgarmente mansa e alegre; se nunca chorar; cheia de amor a Jesus Eucaristia, a Nossa Senhora e aos pobres. As amigas diziam: "Se  vivermos muito, ainda veremos nos altares".
No Carmelo, foi como uma violeta que tudo perfuma, sem dar nas vistas, Como Santa Terezinha --- a estrela da sua  vocação ---, quis ser missionária pelo amor e pelo sacrifício. Com uma caridade alegre e humilde, estava sempre ao  dispor, sem nunca dizer que não, ainda que fosse a custa dos maiores sacrifícios. Mas sabia ser firme e fiel até ao  heroísmo, quando o dever impunha. No dia em que a Revolução bolchevista triunfou em Guadalajara e um grupo vociferando passava junto ao, convento (que a Comunidade seria forçada a abandonar), a Ir. Maria dos Anjos não quis aproximar-se de uma janela onde poderia ouvir o que se dizia na rua e saber se os comunistas eram os vencedores. Fê-Io para cumprir uma ordem de que se poderia julgar dispensada em situação de tanto perigo.
A explicação desta atitude, que poderá parecer exagerada, está na afirmação que pouco antes tinha feito: "Ser mártir ... que  felicidade tão grande! Mas não sou digna dessa graça.  E preciso alcançá - Ia pela fidelidade nas coisas pequenas!"  Porque com um coração grande foi fiel no pouco e no pequeno, mereceu a palma 80 martírio por que suspirava desde o seu noviciado, manifestando ardentes desejos de derramar o sangue por Jesus Cristo. Pelas 16 horas do dia 24 de julho de 1936, caiu sobre o passeio de uma rua, com o coração atravessado por uma bala. Cumpriram -se, então, as palavras que antes tinha escrito: , Meu Deus, recebei a minha vida entre as dores do martírio e em testemunho do meu amor por Deus'.

IR. MARIA DO PILAR
1877 -1936
ROGAI AO SENHOR DA MESSE
Embora oriunda de uma família patriarcal de onze filhos, tão típica da  Espanha católica, a Ir. Maria do Pilar de S. Francisco de Borja não se sentiu, logo de início, atraída à vida religiosa. Nisto pode alertar os cristãos conscientes, que hoje se preocupam com  a falta de vocações dedica das à dilatação do reino de Deus. A Ir. Pilar nasceu em Tarazona, Saragoça, e veio a ser o único amparo de sua mãe, já viúva e privada de seus filhos: uns tinham voado ao céu, e outros estavam consagrados a Deus. Esquecida de si, D. Luisa Garcia acalentava o mesmo sonho para a sua Benjamin. Mas esta respondia redondamente Que NÃO!  Filha, tomava a mãe, responde antes: • o que Deus quiser'. Mãe, como hei - de dizer "o que Deus Quiser", se eu não quero ser monja? E como é que Ele há de querer, se eu não quero?
 Mas a mãe rezou, e no dia da sua Profissão Solene, Deus chamou  a alegria dos seus vinte anos, a Ir. Pilar  entrou no Carmelo, onde se propôs ser a' formiguinha' de Jesus, procurando levar os seus grãozinhos ao sacrário, desde manhã até à noite, para que Ele se console com as minhas pequenas vitórias'. Sentia - se atraída a passar largo tempo junto do SSª. Sacramento, aos Domingos e dias festivos, afirmando que uns minutos diante do sacrário lhe causavam mais paz Que todas as conversas espirituais Que pudesse ter com  outras pessoas.  As suas aspirações eram: ' ser toda de Deus e uma grande Santa', Para isso: ' Abandono a tudo que Deus  quiser de mim; Confiança sem limites na misericórdia de Deus, esperando tudo de Jesus por Maria que, como mãe  de misericórdia, valerá por mim'. Nossa Senhora atendeu aos seus desejos de morrer com o hábito e de não cair  nas mãos dos' vermelhos'.
A 22 de julho as carmelitas viram - se forçadas a abandonar o convento, buscando refúgio mais seguro. Para evitar a presença de tantas religiosas na mesma casa - perigo que todos temiam =, a intrépida Ir. Tereza ofereceu - se  acompanhar duas irmãs de outra casa. Num ato heróico de desprendimento, a ir. Pilar prontificou- se a partir, separando - se da sua comunidade e Prioresa, a irmã mais velha, que tanto amava.  Ao passarem, já na rua, por um grupo de milicianos e melicianas armadas, uma delas bradou: "Disparem, que  são monjas". A Ir. Mª dos Anjos caiu, para não mais se levantar.
 A Ir. Pilar deu mais uns passos, e caiu no passeio  da frente. Vendo - a ainda com vida, crivaram - na de balas e atravessavam - na com um punhal. Festejavam - se nesse dia 24 de julho as dezesseis Mártires de Compiégne, de quem a Irmã tinha dito: "Se nos levarem para o martírio, iremos a cantar, como as nossas mártires. Cantaremos: "Coração Santo, Tu reinarás". Ela que se tinha  oferecido como vitima, para que a sua comunidade fosse e dores, o hino de perdão: "Meu Deus, perdoaí- Ihes  porque não sabem o que fazem", E, beijando o crucifixo, expirou,  Anos mais tarde, três símbolos eloqüentes conservados intactos, identificaram - se as três carmelitas: o crucifixo que tinham sobre o peito; a correia do seu hábito (sinal de uma vida dada ao Senhor), e o grande escapulário que levava debaixo do trajo civil. Essa veste de Maria livrou, por vezes milagrosamente, todas as carmelitas espanholas, de males morais que temiam mais que a própria morte.

1919 - 1936

LIBERTAÇÃO PELA CRUZ
IR. TERESA DO MENINO. JESUS
No final deste segundo milênio apresenta- se de tal maneira marcado pela violência e terrorismo, que uma vaga de medo pesa sobre corações: buscam- se soluções fictícias, por caminhos opostos à verdadeira liberdade!  A Ir. Teresa do menino Jesus e de S. João da Cruz prova que ainda  continua verdadeira a promessa feita a Constantino, apontando a cruz; "Com este sinal vencerás". Esta alma de fogo, sedenta de santidade, nasceu em Mochales, Guardalajara. Precocemente iluminada pela graça, cedo descobriu os caminhos da verdadeira libertação: aos nove anos já se consagrou a Deus pelo voto de castidade e a Maria pelo de escravidão'. Aos dezesseis entrou no Carmelo e, depois de renunciar às honras de uma carreira musical, e ao carinho da família  (ainda vive um dos seus oito irmãos), quis libertar - se dos seus defeitos.
 A Ir. Teresa não nasceu santa: teve que vencer um caráter naturalmente ativo, e uma extrema sensibilidade. Nunca a viram desalenta mas, pelo contrário, afirmava: "Os meus defeitos não me desanimam, pois assim tenho mais ocasiões  de merecer, lutando contra eles. Quando eu morrer, não os ocultem, para que brilhe mais a misericórdia de Jesus para comigo. Tonificava as suas energias espirituais junto do sacrário - onde gostava de ir tomar freqüentes "banhos de sol", como  dizia - e, por isso, não conhecia o medo. Por caridade lançava - se aos trabalhos pesados (a fadiga, que dissimulava com  um sorriso, chegou a fazê - Ia adormecer e passar uma noite sentada, com um instrumento de penitência na mão): As incríveis austeridades que livremente praticava, pela conversão dos pecadores, pareciam - lhe nada.       
Queria ser "extraordinária no ordinário" mas, ao mesmo tempo, "exteriormente como todas e interiormente como nenhuma". Isso não conseguia impedir que seu olhar celestial e o seu rosto banhado de alegria deixassem transparecer aos seus ardentes anseios de salvar almas, santificar os sacerdotes, e ser mártir de Cristo - Rei.  O seu irmão Padre dizia: "Parece que ela recolheu todas as graças e que, a partir do Carmelo, nos empurrou a todos para a virtude". Era um soldado preparado. Assim respondeu a uma saudação recebida por carta: "Ao teu Viva a República, respondo com um Viva Cristo - Rei! Oxalá possa um dia repetir este Viva na guilhotina':
 Fá - lo - ia precisamente na festa das carmelitas que subiram à guilhotina a cantar a Salve Rainha e Te - Deum. Aceitando o oferecimento de um miliciano que se prontificou a pô - Ia  em segurança das balas que já tinham vitimado  suas Irmãs e, tendo o desassombro de condenar esse crime, foi por ele conduzida a um caminho deserto.
Reconhecendo as suas perversas intenções, e desprezando a ameaça de morte, se não gritasse 'Viva Azanã! Viva o comunismo!", lança - se a correr, de braços abertos em cruz, e exclamando: Viva Cristo - Rei!
Uma bala atingiu esse coração que se tinha oferecido como vítima ao Amor Misericordioso. A cruz libertou - a!.
Passado vinte anos, o irmão da Ir. Teresa do M. Jesus foi chamado por um moribundo e teve a grande emoção de poder perdoar e absolver um dos assassinos de sua irmã. Não tinha ela dito: "No céu, os mártires terão particular amor  aos seus verdugos, pela grande felicidade que Ihes proporcionaram".




quinta-feira, 21 de julho de 2011

MISSA EM AGRADECIMENTO

MISSA EM AGRADECIMENTO



QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS DA OCDS

DIA 12 DE NOVEMBRO PRÓXIMO, NA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA APARECIDA HAVERÁ UMA MISSA EM AGRADECIMENTO PELOS 100 ANOS DE PRESENÇA DOS CARMELITAS NO BRASIL.





ESSA MISSA SERÁ AS 18 HORAS COM A PRESENÇA DOS FREIS DO SUL : PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DO CARMO E DA PROVINCIA SÃO JOSÉ .
TAMBÉM TODOS NÓS CARMELITAS SECULARES ESTAMOS SENDO CONVIDADOS A NESTE DIA CELEBRARMOS JUNTOS.


ESTA MISSA SERÁ TELEVISIONADA.
VAMOS FAZER UM ESFORÇO PARA ESTARMOS AGRADECENDO POR ESTA GRAÇA !!!!!
ANIMEM -SE UNS AOS OUTROS!!!!!


MARIA EDUARDA

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Filhos, uma bênção de Deus


Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja?
"A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373).
Certa vez o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais:
"A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida". Isto é, doando a vida o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que "a primeira vitória de um homem foi ter nascido".
Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que "ele é a única criatura que Deus quis por si mesma" (GS, 24). Por isso o Catecismo da Igreja afirma que:
"Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais" (CIC § 2378).
Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? Ou será que "escapamos pela tangente", dando a "nossa" desculpa? Lamentavelmente se estabeleceu entre nós, também católicos, uma cultura "antinatalista". Por incrível que pareça "as preocupações da vida" (cf. Lc 12,22; Mt 6,19) sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de "quanto menos filhos melhor". À luz do Cristianismo, essa é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.
"A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos" (Familiaris Consortio, 28).
A situação social e cultural dos nossos tempos dificulta a compreensão dessa verdade. Nasceu, assim, uma mentalidade contra a vida ("anti-life mentality"), como emerge de muitas questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida...
"Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida" (Familiaris Consórtio, 30).
Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável e viva para os filhos com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem… isto basta.
Há hoje uma mentira muito difundida - infelizmente aceita também por muitos católicos - afirmando que a limitação da natalidade é o remédio necessário e "indispensável" para sanar todos os males da humanidade. Não há civilização que possa se sustentar sobre uma falsa ética que destrói o ser humano ou que impede o "seu existir". É ilógico, desumano e contra a Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte.
Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação. Vitor Hugo disse, certa vez, que "um lar sem filhos é como uma colmeia sem abelhas"; acaba ficando sem a doçura do mel.

Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: cancaonova.com / http://www.obrademaria.com.br/