"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

domingo, 25 de abril de 2010

Papa convida pais a rezarem para que seus filhos escutem Jesus

Durante a oração do “Regina Caeli”

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de abril de 2010 (ZENIT.org).

- No Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que a Igreja celebra neste domingo, Bento XVI convidou os pais a rezarem para que seus filhos se abram à escuta de Jesus.
Antes de rezar a oração mariana do Regina Caeli, o Papa se dirigiu, da janela dos seus aposentos, aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro e assegurou que "a primeira forma de testemunho que suscita vocações é a oração".
Para exemplificar, falou de "de Santa Mônica, que, suplicando a Deus com humildade e insistência, obtém a graça de ver seu filho Agostinho tornar-se cristão".
"Portanto, convido os pais a rezarem, para que o coração dos seus filhos se abra à escuta do Bom Pastor e até ‘o mais pequenino gérmen de vocação (...) faça com que se torne uma árvore frondosa, carregada de frutos para o bem da Igreja e de toda a humanidade'", afirmou, citando a carta de proclamação do Ano Sacerdotal.
Logo depois, fez uma pergunta: "Como podemos escutar a voz do Senhor e reconhecê-lo?".
"Na pregação dos Apóstolos e dos seus sucessores: nela ressoa a voz de Cristo, que convida à comunhão com Deus e à plenitude de vida."
"Somente o Bom Pastor protege com imensa ternura seu rebanho e o defende do mal, e só n'Ele os fiéis podem depositar absoluta confiança", continuou.
Neste dia especial de oração pelas vocações, o Pontífice também exortou em particular "os ministros ordenados para que, estimulados pelo Ano Sacerdotal, sintam-se comprometidos ‘com um mais intenso e incisivo testemunho evangélico no mundo de hoje'".
E destacou, recordando alguns aspectos da carta que escreveu para proclamar o Ano Sacerdotal que a Igreja está vivendo, que o sacerdote "continua a obra da Redenção na terra".
Desejou que os sacerdotes "saibam ‘de bom grado deter-se diante do sacrário'; adiram ‘totalmente à sua vocação e missão mediante uma severa ascese'; tornem-se disponíveis à escuta e ao perdão; formem de maneira cristã o povo confiado a eles; cultivem cuidadosamente a fraternidade sacerdotal".
E também que "sigam o exemplo de sábios e diligentes pastores, como fez São Gregório Nazianzeno, quem escrevia dessa maneira ao amigo fraterno e bispo São Basílio: ‘Mostra teu amor pelas ovelhas, tua solicitude e tua capacidade de compreensão, tua vigilância (...), a severidade na doçura, a serenidade e a mansidão na atividade, (...) as lutas na defesa do rebanho, as vitórias (...) alcançadas em Cristo'".
Por outro lado, Bento XVI agradeceu pelas demonstrações de apoio que está recebendo, afirmando: "Agradeço a todos os presentes e a todos os que, com a oração e o afeto, sustentam meu ministério de Sucessor de Pedro".
Finalmente, dirigiu uma saudação especial à Associação METER, que há 14 anos promove o Dia Nacional para as crianças vítimas da violência, da exploração e da indiferença.
"Nesta ocasião, quero sobretudo agradecer e encorajar os se dedicam à prevenção e à educação - afirmou -, em particular os pais, professores e tantos sacerdotes, irmãs, catequistas e animadores que trabalham com os jovens nas paróquias, escolas e associações."

sábado, 24 de abril de 2010

Casais carmelitas portugueses fazem estudo do Livro da Vida

Carmelitas Seculares do Menino Jesus de Praga com Santa Teresa nas mãos
23-02-2010


A comunidade dos carmelitas seculares do Menino Jesus de Praga, formado por 6 jovens casais, com o acompanhamento espiritual do fr. Joaquim Teixeira, vem fazendo uma caminhada serena mas consistente desde há cerca de 5 anos. A maioria dos elementos já tem uma boa introdução à espiritualidade carmelita pois foram, na adolescência e juventude, membros do Movimento Carmo Jovem. Este ano, também quiseram sintonizar com toda a Ordem dos Carmelitas Descalços e dedicaram-se à leitura do Livro da Vida de Santa Teresa de Jesus. Cada casal trabalha uma secção e apresenta-a em cada um dos encontros, enquanto todos vão fazendo uma leitura pessoal e meditada em casal.
Nos encontros mensais da fraternidade, aprofunda-se e sistematiza-se o trabalho feito em casal. Os momentos orantes também são inspirados nos textos da autobiografia teresiana.
Está a ser uma agradável experiência para todo o grupo. Vencidas que estão as primeiras resistências à introdução e à leitura dos textos próprios do Séc XVI de Teresa de Jesus, cada um dos elementos deste grupo vai saboreando e adentrando-se na espessura da biografia teresiana, pela qual somos desafiados ao encontro mais intenso com Cristo Vivo. Toda a fraternidade começa a ficar seduzida pela experiência orante e cristológica de Teresa de Jesus, a quem todos temos por mãe e mestra espiritual.

Fonte: Para Vós Nasci

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Oração das Mães




"Sois, meu Deus, o Criador e verdadeiro Pai de meus filhos.

De vossas mãos os recebi cheios de vida, como a dádiva mais preciosa que me podíeis ter dado e que vossa bondade conserva para minha consolação e alegria.

Agradeço-vos de todo o coração, e consagro-vos inteiramente a mim mesma e aos meus filhos, para que vos sirvamos e vos amemos sobre todas as coisas.

Abençoai-nos, Senhor, enquanto eu, em vosso nome, os abençôo.

Não permitais que, por negligência de minha parte, venham ele a se desviar do bom caminho.

Velai sobre mim para que eu possa vela sobre eles e educá-los no vosso santo temor e na vossa lei.

Fazei-os dóceis, obedientes, inimigos do pecado, para que não vos ofendam jamais.

Colocai-os, Senhor de bondade, sob a maternal proteção de Maria Santíssima, para que ela os proteja sempre.

Afastai deles as doenças, a pobreza e as impurezas demasiado perigosas.

Livrai-os de todas as desgraças e perigos da alma e do corpo e concedei-lhe todas as graças que sabeis serem-lhes necessárias, a fim de que sejam bons filhos, bons cristãos e fiéis servidores da pátria.

Fazei, Senhor, que possamos um dia, encontrar-nos todos reunidos na celeste Igreja triunfante, Amém."

Homem e Mulher: Dom recíproco (Papa João Paulo II)





"Segundo Gênesis, 2, 25, «o homem e a mulher não sentiam vergonha». Isto permite-nos chegar à conclusão que a troca do dom, na qual participa toda a humanidade deles — alma e corpo, feminilidade e masculinidade — se realiza conservando a característica interior (isto é precisamente a inocência) da doação de si e da aceitação do outro como dom. Estas duas funções da mútua troca estão profundamente ligadas dentro de todo o processo do «dom de si»:

o dar e o aceitar o dom compenetram-se: de maneira que o dar mesmo, torna-se aceitar; e o aceitar, transforma-se em dar.

Gênesis 2, 23-25 permite-nos deduzir que a mulher, que no mistério da criação «é dada» ao homem pelo Criador, graças à inocência original é «acolhida», ou seja, aceite por ele como dom. O texto bíblico neste ponto é de todo claro e límpido. Simultaneamente, a aceitação da mulher por parte do homem e o modo mesmo de aceitá-la tornam-se quase uma primeira doação, de modo que a mulher dando-se (desde o primeiro momento em que no mistério da criação foi «dada» ao homem por parte do Criador), «descobre-se» ao mesmo tempo «a si mesma», graças a ter sido aceite e acolhida e graças ao modo como foi recebida pelo homem.

Ela encontra-se portanto a si mesma no próprio dar-se («por meio de um dom sincero de si» [Gaudium et Spes, 24], quando é aceite assim como a quis o Criador, isto é «para si mesma», através da sua humanidade e feminilidade; quando nesta aceitação é assegurada toda a dignidade do dom, mediante a oferta do que ela é em toda a verdade da sua humanidade e em toda a realidade do seu corpo e sexo, da sua feminilidade, ela chega à íntima profundidade da sua pessoa e à plena posse de si. Acrescentemos que este encontrar-se a si mesmo no próprio dom se torna fonte de novo dom de si, que aumenta devido à interior disposição à troca do dom e na medida em que encontra uma mesma e até mesmo mais profunda aceitação e acolhimento, como fruto de uma cada vez mais intensa consciência do dom em si.

Parece que a segunda narrativa da criação marcou «desde o princípio» ao homem a função de quem sobretudo recebe o dom (Cf. especialmente Gênesis, 2). A mulher é «desde o princípio» confiada aos seus olhos, à sua consciência, à sua sensibilidade e ao seu «coração» ele, pelo contrário, deve, em certo sentido, assegurar o processo da troca do dom, a recíproca compenetração do dar e receber como dom, a qual, precisamente através da reciprocidade, cria autêntica comunhão de pessoas.

Se a mulher, no mistério da criação, é aquela que foi «dada» ao homem, este, por seu lado, recebendo-a como dom na plena verdade da sua pessoa e feminilidade, por isso mesmo enriquece-a e ao mesmo tempo também ele, nesta relação recíproca, fica enriquecido.

O homem enriquece não só por meio dela, que lhe dá a sua pessoa e feminilidade, mas também por meio da doação de si mesmo. A doação por parte do homem, em resposta à da mulher, é para ele mesmo enriquecimento; de facto, nela manifesta-se quase a essência específica da sua masculinidade que, por meio da realidade do corpo e do sexo, atinge a íntima profundidade da «posse de si», graças à qual é capaz tanto de dar-se como de receber o dom do outro.

O homem, portanto, não só aceita o dom, mas ao mesmo tempo é acolhido como dom pela mulher, ao revelar-se a interior essência espiritual da sua masculinidade, juntamente com toda a verdade do seu corpo e sexo. Assim aceite, ele, por esta aceitação e este acolhimento do dom da própria masculinidade, enriquece. Em seguida, tal aceitação, em que o homem se encontra a si mesmo por meio do «dom sincero de si», torna-se nele fonte de novo e mais profundo enriquecimento da mulher consigo mesmo. A troca é mútua, e nela revelam-se e crescem os efeitos recíprocos do «dom sincero» e do «encontro de si».

Deste modo, seguindo os vestígios do «a posteriori histórico» — e sobretudo seguindo os vestígios dos corações humanos — podemos reproduzir e quase reconstruir aquela recíproca troca do dom da pessoa, que foi descrito no antigo texto, tão rico e profundo, do Livro do Gênesis."



(Sua Santidade, Venerável Servo de Deus, Papa João Paulo II, Audiência Geral, 6 de fevereiro de 1980)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Novena aos pais de Santa Teresinha do Menino Jesus


Oração para obter graças por meio da intercessão dos Servos de Deus Luís e Zélia Martin e para a glorificação deles:



“Deus, Nosso Pai,
Eu te dou graças por ter doado Luís Martin e Zélia Guérin,
na unidade e fidelidade do matrimônio.
ele ofereceram o testemunho de uma vida cristã exemplar,
cumprindo seus deveres cotidianos segundo o espírito do Evangelho.

Conduzindo uma família numerosa através das provações, lutas e sofrimento,
manifestaram sua fidelidade a Ti e aderiram generosamente à tua vontade.

Senhor,
Mostra-nos teus desígnios a eles reservados,
e atende a graça que te peço ( fazer o pedido),
na esperança de que o pai e a mãe de Santa Teresa do Menino Jesus
possam um dia serem propostos pela Igreja
como modelo às famílias do nosso tempo.
Amém.”

A santidade da família de Santa Teresinha


“O Bom Deus deu-me um pai e uma mãe mais dignos do céu que da terra”
(Santa Teresinha do Menino Jesus)



Os pais de Santa Teresinha foram beatificados, em Lisieux, em 2008.

Luis Martin nasceu em Bourdeaux, França, em 22 de agosto de 1828. Aos 19 anos começa a aprender o ofício que por longo tempo exercerá, o de relojoeiro. Meditativo, decidido e organizado, Luis carrega o sonho de ser monge. Ao ser solicitada sua admissão, pedem-lhe que antes complete seus estudos. Depois de um ano e meio abandona os estudos e dedica-se totalmente à relojoaria, onde seus negócios prosperam. Aos 34 anos conhece Zélia Guérin com quem se casa, aos 13 de julho de 1858

Zélia Guérin nasceu em Gandelain, França, em 23 de dezembro de 1831. Recebe em seu lar uma educação rigorosa, mas em seu coração transparente sobressai um espírito ativo, profundamente cristão, abnegada e caridosa para com os necessitados. Pede admissão entre as Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. A superiora reconhece sua falta de vocação. Às vésperas de seus vinte anos faz uma novena à Virgem Imaculada para que a ilumine sobre a profissão a escolher. Sente profunda inspiração de iniciar um negócio com rendas. Assim inicia o Ponto de Alençon. Perto de seus 25 anos o desejo de casar-se cresce. E na ponte São Leonardo, ao passar pelo distinto jovem Luis, o coração de Zélia pressente, será ele.

A vida em família

Zélia e Luis Martin casam-se como era costume, à meia-noite, na Igreja de Nossa Senhora em Alençon. Luis tem 35 anos, e Zélia 25 anos de idade. Diante de Deus dão um sim recíproco de fidelidade. Passaram quase dez meses vivendo em continência perfeita. Ao conversarem com um sacerdote, este os convence a terem muitos filhos para os consagrarem a Deus. Terão nove filhos, dos quais cinco chegaram a consagrar-se a Deus na vida religiosa e quatro partem para o céu ainda pequenos.

Mais tarde escreverá Zélia a sua filha Paulina: “Teu pai tinha gostos semelhantes aos meus, nossos sentimentos eram em uníssono, ele sempre foi um consolo e apoio para mim. E, quando foram chegando nossos filhos, vivíamos mais para eles, eram nossa felicidade e não nos encontrávamos em nós, mas, neles. Por isso desejava ter muitos para os encaminhar ao céu”.

Amor maduro e cristão, fonte de vida e felicidade, assim poderíamos descrever o relacionamento desses esposos Bem-Aventurados. Sobressaía uma amizade, respeito e carinho desejáveis a todos os casais. Escreve o Sr. Luis Martin à sua esposa:

“Só poderei chegar segunda-feira, tarda-me estar ao seu lado. Não se canse demais, recomendo-lhe calma e moderação, espero em Deus chegaremos a construir uma boa casinha. Tive a felicidade de comungar em Nossa Senhora das Vitórias, que é como um paraíso terrestre. Acendi uma vela toda a família. Abraço de coração a todas, esperando a alegria de estarmos reunidos. Seu marido e verdadeiro amigo, que a ama por toda a vida”.

Modelos de vida cristã

Luis e Zélia Martin participavam da Eucaristia todos os dias, comungavam com a freqüência possível em seu tempo, jejuavam possível em seu tempo, jejuavam e rezavam em família. Luis era exemplo de santificação do Domingo, não abria sua relojoaria em hipótese alguma, neste dia e nos dias de preceito. “Deus em tudo, Deus acima de tudo”, era seu lema. Tinha uma corajosa caridade com o próximo, sempre pronto a ajudar quando ouvia a sirene dos bombeiros, afogamentos, contendas e feridos. Assíduo na adoração noturna ao SS. Sacramento, ambos eram muito generosos na ajuda aos necessitados, mesmo à custa de sua própria tranqüilidade. Assim educavam as filhas a serem generosas de modo especial com as obras missionárias da Igreja.

Desejavam que suas filhas se consagrassem a Deus, mas nunca lhes sugeriam isso, acolhendo com alegria generosa a entrada de cada uma das quatro para o Carmelo, a última sendo Teresinha, e de Leônia para a Congregação da Visitação. As filhas sempre tinham o testemunho de amor entre seus pais, de oração, de amor à Igreja, especialmente aos sacerdotes, e de generoso serviço ao próximo, de mortificação, modéstia e fidelidade.

Acolhamos este testemunho de santidade em família, composto por pequenas ações, mas grandeza de alma, envolvendo tudo no amor com espírito de fé.

"Em colóquio com Cristo sobre os fundamentos da família" (Papa João Paulo II)




"A expressão «desde o princípio» foi empregada pelo Senhor Jesus no diálogo sobre o matrimônio referido pelo Evangelho de São Mateus e pelo de São Marcos. Queremos perguntar-nos que significa esta palavra «princípio» exactamente nesta circunstância e, portanto, propomo-nos análise mais precisa do referido texto da Sagrada Escritura.

Durante a conversa com os fariseus, que o interrogavam sobre a indissolubilidade do matrimônio, duas vezes se referiu Jesus Cristo ao «princípio». O diálogo decorreu da maneira seguinte:

"Alguns fariseus, para O experimentarem, aproximaram-se d'Ele e disseram-lhe: «É permitido a um homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?». Ele respondeu: «Não lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e disse: Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne? Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Pois bem, o que Deus uniu, não o separe o homem». «Por que foi então, perguntaram eles, que Moisés preceituou dar-lhe carta de divórcio ao repudiá-la?». «Por causa da dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim» (Mt. 19, 3 ss.; cfr. também Mc. 10, 2, ss.)."


Cristo não aceita a discussão ao nível que os seus interlocutores procuram dar-lhe, em certo sentido não aprova a dimensão que eles se esforçam por conferir ao problema. Evita embrenhar-se nas controvérsias jurídico-casuísticas; e, em vez disso, apela duas vezes para o «princípio». Procedendo assim, faz clara referência às palavras sobre a matéria no Livro do Génesis, que também os seus interlocutores sabem de cor. Dessas palavras da revelação antiquíssima, tira Cristo a conclusão, e o diálogo termina.

«Princípio» significa portanto aquilo de que fala o Livro do Génesis. É portanto o Génesis 1, 27 que cita Cristo, em forma resumida: O Criador desde o princípio fê-los homem e mulher; mas o trecho originário completo soa textualmente assim: Deus criou o homem à Sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Em seguida, o Mestre refere-se ao Génesis 2, 24: Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne.

Citando estas palavras quase «in extenso», por inteiro, Cristo dá-lhes ainda mais explícito significado normativo (dado que era admissível a hipótese de no Livro do Génesis figurarem como afirmações unicamente de factos: «Deixará ... unir-se-á ... serão uma só carne»). O significado normativo determina-se uma vez que não se limita Cristo somente à citação em si, mas acrescenta: «Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Pois bem, o que Deus uniu, não o separe o homem». Este «não o separe» é determinante. A luz desta palavra de Cristo, o Génesis 2, 24 enuncia o princípio da unidade e indissolubilidade do matrimónio como sendo o próprio conteúdo da palavra de Deus, expressa na mais antiga revelação.

Poder-se-ia, nesta altura, defender que o problema está terminado, que as palavras de Jesus Cristo confirmam a lei eterna, formulada e instituída por Deus «desde o princípio», desde a criação do homem. Poderia também parecer que o Mestre, ao confirmar esta lei primordial do Criador, não faz senão estabelecer exclusivamente o próprio sentido normativo dela, apelando para a autoridade mesma do primeiro Legislador. Todavia, aquela expressão significativa «desde o princípio», repetida por Cristo, leva claramente os interlocutores a reflectirem sobre o modo como no mistério da criação foi moldado o homem, precisamente como «homem e mulher», para se compreender correctamente o sentido normativo das palavras do Génesis." (AUDIÊNCIA GERAL do venerável Servo de Deus João Paulo II no dia 5 de Setembro de 1979).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A vida familiar de Santa Teresa dos Andes



Santa Teresa de Jesus dos Andes morreu no 12 de abril de 1920, dia de seu nascimento no céu (dies natalis). Neste aniversário de sua Páscoa celeste, partilhamos um breve resumo de sua vida familiar que foi publicado no site oficial do Santuário dedicado à sua memória, no Chile (www.teresadelosandes.org):

"Aquela que, mais tarde, será chamada de Teresa dos Andes nasce em Santiago do Chile o 13 de julho de 1900. Filha de dom Miguel Fernández Jaraquemada e de dona Lucia Solar Armstrong, recebe o batismo com o nome de Juanita.

Juanita nasce numa família relativamente rica. O avô paterno de Juanita era originário de La Rioja (Espanha). Seu avô materno, dom Eulogio, tinha em Chacabuco, a sessenta quilômetros ao norte de Santiago, uma fazenda muito grande onde reunia freqüentemente a sua famíla.

Juanita passou numerosas férias neste lugar que gostava muito. Muito jovem aprendeu a montar a cavalo. Verdadeira amazona, gostava de galopar pela fazenda até os arredores da cordilheira dos Andes.

Os irmãos de Juanita eram: Lucita, Miguel, Luis (Lucho), Juana (falecida poucas horas depois do seu nascimento; Juanita recebeu seu nome), Rebeca e Ignacio. Juanita estava particularmente ligada a seu irmão Lucho e a Rebeca, sua inseparável irmã menor.

Muito cedo, Juanita se sentiu atraída pelas coisas de Deus. Gostava de acompanhar Ofelia (a serva que cuidava dela) à igreja. Um dia, estando em Chacabuco, tomou a mão dum sacerdote amigo da famíla e lhe disse:
"Padrezinho, vamos ao céu!".
Tendo saído da casa, o sacerdote lhe perguntou:
"Então, Juanita, por onde se vai ao céu?"
Juanita respondeu:
"Por aí", apontando com seu dedo a cordilheira dos Andes.
O sacerdote lhe disse:
"Depois de ter escalado estas montanhas muito altas, ainda estarás muito longe do céu. Não, Juanita, este não é o caminho do céu. Jesus no sacrário é o caminho real para chegar ao céu."

Mas Juanita não tem um caráter fácil. É vaidosa, não gosta de obedecer, se irrita freqüentemente e chora por nada. Com o auxílio da graça de Deus, especialmente da eucaristia, Juanita conseguirá progressivamente vencer seus defeitos e dominar-se.
Em 1906, um terremoto sacude a cidade de Santiago. Juanita escreve em seu Diário que foi nessa época que Jesus começou a tomar seu coração.

Em 1907, o avô de Juanita morre santamente. Sua mãe, dona Lucia, recebe em herança uma parte da fazenda de Chacabuco. Dom Miguel, seu pai, dirige os negócios da fazenda. No mesmo ano, Juanita entra como externa em Santiago no colégio das Irmãs do Sagrado Coração de Santa Madalena Sofia Barat.

Foi seu irmão Lucho que ensinou Juanita a oração do rosário. Ambos prometeram rezá-lo todos os dias, promessa que Juanita cumpriu até o fim de sua vida (uma só vez, confessou ela, o esqueceu quando era muito pequena):
"Nosso Senhor, a partir daí, se pode dizer, me tomou pela mão com a Ssma. Virgem."

Juanita teve muito cedo um desejo grande de fazer sua primeira comunhão. Perguntava freqüentemente quando poderia fazê-la, mais lhe diziam que era demasiado pequena. Então Juanita pedia que lhe ensinassem a fazer comunhões de desejo. Finalmente, recebeu a licença de fazer sua primeira comunhão e quis preparar-se pela confissão, a oração e a oferenda a Jesus de numerosos pequenos sacrifícios.
"Por um ano me preparei. Durante esse tempo a Virgem me ajudou a limpar meu coração de toda imperfeição."
Fez sua primeira comunhão em Santiago em 11 de setembro de 1910, dia que a marcou profundamente por toda sua vida (como conta no seu Diário). Ela comungará cada dia, na medida do possível.

Durante o ano 1915, Juanita entra no internado do colégio do Sagrado Coração com sua irmã Rebeca. Sofre por ter que deixar sua família que ama muito. Contudo, compreende que o Senhor a prepara deste modo à grande separação quando ela entrar no Carmelo. Juanita gosta do ambiente do colégio que lhe permite viver uma vida cristã fervorosa.

Em agosto de 1918, Juanita deixa o colégio para voltar à casa de seus pais e substituir sua irmã Lucita que acabou de casar-se. Se dedica cada dia e aceita todo sacrifício pela felicidade dos seus.
"Não sabia que a vida doméstica era uma vida de sacrifício... me está servindo de preparação para minha vida religiosa". Seu irmão Lucho disse que Juanita era "a jóia da casa".
Juanita escreve no seu Diário:
"Esmerar-me-ei em construir a felicidade dos demais. Minha resolução é sacrificar-me por todos".

Ao mesmo tempo que tem uma vida espiritual intensa, Juanita vive como uma jovem de sua época: gosta de estar com sua família e encontrar suas amigas; gosta do esporte, particularmente da equitação e do tênis que descobre com paixão. Gosta da beleza do mar e das montanhas. O humano e o sobrenatural formam nela uma síntese harmoniosa e unificada. Tem uma contemplação muito profunda do mistério de Deus na oração e, ao mesmo tempo, é natural e comunicativa com os demais. Embora sofra por causa da sua saúde fraca e das purificações da graça de Deus no seu coração, está alegre e gosta de brincar.

Em janeiro de 1919, visita pela primeira vez o Carmelo de Los Andes. Recebe aí a confirmação de que Deus a chama a entrar nesse lugar.Dia 25 de março de 1919, escreve uma carta magnífica a seu pai para pedir-lhe licença para entrar no Carmelo. Lhe diz que desde sua infância buscou a felicidade, mas entendeu que só Deus podia fazê-la plena e definitivamente feliz. Deseja pertencer totalmente a Deus numa vida consagrada à oração e à penitência.

Comovido, seu pai chora e lhe da licença. A partir desse momento, Juanita experimenta em seu coração a maior alegria e o maior sufoimento: alegria de poder consagrar-se totalmente a Cristo, que a atrai com tanta força, e sofrimento de deixar o seus tão queridos que sofrem muito por causa da separação.

Entra no Carmelo de Los Andes dia 7 de maio de 1919 e recebe o nome de irmã Teresa de Jesus."

"Se quer ser um bom pai, seja um bom esposo"


O último livro de Piero Ferruci, "Nossos mestres as crianças" já foi traduzido em 11 idiomas.Neste livro ele afirma:
"Foi preciso tempo, mas ao final percebi: a relação com meus filhos passa através da relação com minha mulher. Não posso ter com eles uma boa relação se minha relação com ela não é boa".

A experiência clínica de Ferruci demonstrou-lhe que "cada ser humano é o resultado da relação entre dois indivíduos: seu pai e sua mãe. E esta relação segue vivendo dentro de nós como uma harmonia belíssima ou como uma dilaceração dolorosa. "
A relação entre nossos progenitores - disse Ferruci – constitui-nos no que somos. E isto é verdade também na época da 'família-dormitório', dos progenitores single, da fecundação artificial, da manipulação genética, dos ventres de aluguer, dos bancos de espermatozóides... Uma criança sente com todo o seu ser a relação entre os seus progenitores, seja qual for, sente-a nele mesmo. Se a relação está envenenada, o veneno circulará pelo seu organismo. Se a atmosfera não é harmoniosa, crescerá em dissonância. Se está repleta de ânsias e inseguranças, também seu futuro será incerto".

A conclusão então parece clara: se você quer ser um bom pai, seja um grande esposo. Se quer ser uma boa mãe, seja uma grande companheira para o seu marido. Isto que parece simples, na prática não é. Por quê? Ferruci responde em primeira pessoa, com grande humildade:
"Às vezes esqueci esta realidade. Tive demasiada confiança. Sabendo que nossa relação ia bem, a deixei aí".

Abandonada a relação à sua própria sorte, prontamente aparecem os desgostos, as recriminações.Quando um matrimónio reage a tempo e recupera o belo do seu amor, os primeiros a perceber são os filhos. E conta a sua própria experiência depois de uma temporada em que, ao escrever seus livros, começou a levantar-se às 5 da manhã e a passar o dia a reclamar do ruído das interrupções:
"Comecei a sentir-me deprimido, algo não andava bem. Finalmente compreendi o que sabia mas não queria admitir. A ordem das minhas prioridades estava equivocada.Decidi devolver a Vivien, minha mulher, um marido que não caísse de sono. Depois ocorreu algo subtil e surpreendente. A relação entre Emilio e Viven melhorou. Não é que fosse uma relação má, mas havia algo que eu não gostava. Com frequência Emilio era descortês com ela e falava comigo como se Vivien não existisse, ignorando-a como o machista mais endurecido. Depois entendi: Emilio mostrava-me qual era a minha atitude para com Vivien... Eu era quem a transformava numa sombra. Afortunadamente percebi a tempo".

Como manter e melhorar constantemente a relação conjugal? Este autor italiano é um grande romântico e crê que a fonte do amor para os esposos estão nas recordações dos melhores momentos.
"Ao contrário do que muitos pensam, eu creio que o fato de apaixonar-se é o instante mais autêntico da relação entre duas pessoas; é quando elas vêm que todas as possibilidades se abrem diante delas, quando tocam a essência e a beleza do amor... Ante os olhos da minha mente desfilam nossos momentos mais luminosos: o primeiro passeio juntos, a decisão de casar-nos numa tarde de Setembro, Vivien que veio me receber no aeroporto num dia de chuva, o concerto durante a gravidez de Emilio...Tudo isso é a origem, a fonte: o lugar no qual tudo vai bem e é perfeito. Resulta positivo regressar de vez em quando às origens e beber daquela fonte de água pura".

Fonte: "Fazer Família" de Maria Esther Roblero

"O amor verdadeiro é fiel, entrega definitiva de si mesmo".


"Mediante o sacramento do matrimônio os esposos estão unidos por Deus e com sua relação manifestam o amor de Cristo, que deu sua vida pela salvação do mundo.

Em um contexto cultural no qual muitas pessoas consideram o matrimônio como um contrato temporário que se pode romper, é de vital importância compreender que o amor verdadeiro é fiel, entrega definitiva de si mesmo. Já que Cristo consagra o amor dos esposos cristãos e se compromete com eles, essa fidelidade não somente é possível, mais ainda, é o caminho para entrar em uma caridade cada vez maior"




(Sua Santidade, Papa Bento XVI, mensagem ao Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, 2010).

domingo, 11 de abril de 2010

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA (Venerável Servo de Deus João Paulo II, Papa)

ATO DE CONSAGRAÇÃO A MARIA
(8 de Outubro de 2000)


1. "Mulher, eis aí o teu filho!" (Jo 19, 26)
Quando já se aproxima o termo deste Ano Jubilar,
no qual Tu, ó Mãe, nos deste novamente Jesus,
o fruto bendito do teu ventre puríssimo,
o Verbo encarnado, o Redentor do mundo,
é-nos particularmente doce ouvir esta palavra
com que Ele nos entrega a Ti, tornando-Te nossa Mãe:
“Mulher, eis aí o teu filho!”
Confiando-Te o apóstolo João,
e com ele os filhos da Igreja, e mesmo todos os homens,
Cristo, longe de atenuar, reiterava
o seu papel exclusivo de Salvador do mundo.
Tu és esplendor que nada tira à luz de Cristo,
porque existes n'Ele e por Ele.
Em Ti, tudo é um "fiat", "faça-se": Tu és a Imaculada,
és transparência e plenitude de graça.
Assim, eis aqui os teus filhos, congregados ao teu redor,
ao alvorecer do novo Milênio.
A Igreja, hoje, pela voz do Sucessor de Pedro,
à qual se junta a de tantos Pastores
aqui reunidos das várias partes do mundo,
procura refúgio sob a tua materna proteção
e implora confiadamente a tua intercessão
perante os desafios que o futuro encerra.
2. Muitos, neste ano de graça,
viveram e continuam a viver
a alegria superabundante da misericórdia
que o Pai nos concedeu em Cristo.
Nas Igrejas particulares espalhadas pelo mundo,
e ainda mais neste centro da cristandade,
acolheram este dom
as mais variadas categorias de pessoas.
Aqui vibrou o entusiasmo dos jovens,
daqui se elevou a súplica dos doentes.
Por aqui passaram sacerdotes e religiosos,
artistas e jornalistas,
os homens do trabalho e da ciência,
crianças e adultos,
e todos reconheceram, no teu amado Filho,
o Verbo de Deus, feito carne no teu seio.
Com a tua intercessão, ó Mãe, faz
que não se percam os frutos deste Ano,
e que as sementes de graça se desenvolvam
até à medida plena da santidade
à qual todos somos chamados.
3. Queremos, hoje, consagrar-Te o futuro que nos espera,
pedindo-Te que nos acompanhes no nosso caminho.
Somos homens e mulheres dum período extraordinário,
tão cheio de triunfos como de contradições.
A humanidade possui, hoje, instrumentos de força inaudita:
pode fazer deste mundo um jardim,
ou reduzi-lo a um amontoado de ruínas.
Conseguiu uma capacidade extraordinária de intervenção
sobre as próprias fontes da vida:
pode usá-la para o bem, dentro das margens da lei moral,
ou ceder ao orgulho míope
duma ciência que não aceita confins,
até espezinhar o respeito devido a todo o ser humano.
Hoje, como nunca no passado,
a humanidade encontra-se numa encruzilhada.
E, uma vez mais, a salvação está total e unicamente,
ó Virgem Santa, no teu Filho Jesus.
4. Por isso, Mãe, tal como o Apóstolo João,
queremos receber-Te na nossa casa (cf. Jo 19, 27),
para aprendermos de Ti a conformar-nos com o teu Filho.
“Mulher, eis aqui os teus filhos!”
Viemos à tua presença
para consagrar à tua solicitude materna
nós mesmos, a Igreja, o mundo inteiro.
Intercede por nós junto do teu amado Filho
para que nos dê o Espírito Santo em abundância,
o Espírito de verdade que é fonte de vida.
Acolhe-O por nós e conosco,
como na primeira comunidade de Jerusalém,
aconchegada ao teu redor no dia de Pentecostes (cf. Atos 1, 14).
O Espírito abra os corações à justiça e ao amor,
incite os indivíduos e as nações à mútua compreensão
e a uma vontade firme de paz.
Nós Te consagramos todos os homens, a começar pelos mais débeis:
as crianças que ainda não foram dadas à luz
e as nascidas em condições de pobreza e de sofrimento,
os jovens à procura de um sentido,
as pessoas carecidas de emprego
e atribuladas pela fome e pela doença.
Consagramos-Te as famílias em crise,
os anciãos sem assistência
e quantos vivem sozinhos e sem esperança.
5. Ó Mãe que conheces os sofrimentos
e as esperanças da Igreja e do mundo,
assiste os teus filhos nas provas quotidianas
que a vida reserva a cada um
e faz com que, graças ao esforço de todos,
as trevas não prevaleçam sobre a luz.
A Ti, aurora da salvação, entregamos
o nosso caminho no novo Milênio,
para que, sob a tua guia,
todos os homens descubram Cristo,
luz do mundo e único Salvador,
que reina com o Pai e o Espírito Santo
pelos séculos dos séculos. Amém.

S.S. Ioannes Paulus II

O PAI NOSSO E A FAMÍLIA/MATRIMÔNIO


O “PAI-NOSSO” E O MATRIMÔNIO-FAMÍLIA


PAI-NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS

Deus é o Pai de todas as famílias! Ele é o centro do Sacramento do Matrimônio! Quem deseja casar-se, deve fazê-lo no sentido de consagrar sua vida e o amor conjugal a Deus! Se não for assim, não há sentido algum em se casar “na Igreja”. Sem essa aliança com Deus, não há sentido no matrimônio. Ele é um sacramento, um ato sagrado, um sinal sensível da graça divina! Todo sacramento (portando, também o matrimônio) é sinal da presença de Deus! O Matrimônio é o sacramento da presença de Deus na Família Humana!
Se Deus é nosso Pai, isto significa que meu cônjuge é um (a) filho (a) de Deus! Merece, portanto, todo respeito! Somos (eu e meu cônjuge) irmãos em Cristo e irmãos na fé! O mandamento: “amai o próximo como a ti mesmo”, é válido e imprescindível também no Matrimônio. No sacramento do Matrimônio, dois cristãos decidem, espontaneamente, caminhar juntos, em ajuda mútua, e resolvem constituir uma família cristã!
Deus, nosso Pai, está no Céu! Ele é Santo e quer que seus filhos e filhas, feitos à Sua imagem e semelhança, sejam santos também! Nosso Céu começa a ser construído aqui mesmo, na terra. Os esposos devem querer e almejar a salvação eterna um do outro! Ambos devem se ajudar mutuamente! Esta é a vontade de Deus, no tocante ao sacramento do Matrimônio. Lembremo-nos das promessas que fazemos perante o sacerdote, durante a cerimônia do casamento.


SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Deus é glorificado, louvado e se sente feliz em uma família unida, cheia de amor, respeito mútuo, isto é, santa! Uma família cristã é sinal da presença de Deus no mundo! Portanto, uma família desunida, destruída, é sinal da presença do mal no mundo!


VENHA A NÓS O VOSSO REINO

Desejar isso é o mesmo que dizer: “Senhor, que a Tua presença se faça realidade em minha família, em meu casamento! Fica conosco, Senhor! Que o Céu em que viveis já comece aqui, em minha casa!”.
O Reino de Deus é: Justiça, Amor, Verdade, Unidade, Perdão, Paciência, Vida e Paz. Todas essas virtudes tornam o casamento e a família invencíveis!

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Desejar isso é muito sério! É simplesmente desejar que a Vontade de Deus, que nem sempre é a nossa vontade, seja plenamente cumprida em nossa vida e em nosso casamento! Como isso é grave! Quantos não são os casais que “se casam” sem ao menos pensar nisso...
Querer que a Vontade de Deus “seja feita” exige: amor a Deus e ao cônjuge, renúncia de “nossas vontades”, sacrifício, luta e coragem!
Para o homem, é impossível salvar-se! Porém, para Deus, tudo é possível! Só conseguiremos fazer a Vontade de Deus com a ação de duas forças: nossa decisão e a graça divina! E isso só se consegue com a oração e vida sacramental.


O PÃO NOSSO, DE CADA DIA, NOS DAI HOJE

Aqui não falamos apenas do pão “material”. É claro que este é muito importante e fundamental! Nesta parte do “Pai-Nosso”, porém, pedimos ao Pai, principalmente, pelo “pão espiritual”, o alimento e força das almas e, portanto, da existência da família: Jesus Eucarístico!
Estamos já “cansados” de escutar que a família é a Igreja doméstica! Pois bem, se ela (a família) é uma igreja doméstica, e como a Eucaristia é o Centro da Igreja, assim, Ela também é o Centro da Família Cristã!
Todo sacramento, inclusive o Matrimônio, está voltado para a Eucaristia! O Matrimônio só tem, portanto, sentido, se tiver como meta, como objetivo, força e sustento, a união do casal com Jesus Eucarístico! Daí uma pessoa ou casal que contrai apenas o “casamento” civil, não pode comungar o Corpo e o Sangue do Senhor!
Repito: não vejo sentido algum no Sacramento do Matrimônio em um casal sem vida eucarística! Se eu me caso, perante Deus, não é no intuito apenas de me unir ao meu cônjuge, mas também de me unir e unir meu cônjuge a Deus, fonte e autor do Sacramento do Matrimônio!
A forma máxima de união com Deus é através da recepção (com amor, devoção e preparação) da Comunhão Eucarística, isto é, do próprio Jesus, Deus-Homem, vivo e real na Hóstia Consagrada!

PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS

Constantemente um casal deve estar unido à Misericórdia Divina! Pecamos e somos ingratos a Deus diariamente!
Para recebermos o perdão de Deus, e para podermos recebe-lo na Eucaristia, temos que freqüentar, com devoção e assiduidade, o Sacramento do Perdão: a Confissão.
A Confissão é o banho da alma, é o remédio dos corações e a cura de nossas misérias. O que acontece ao nosso corpo quando passamos dois a três dias sem banho? O que acontece a um doente quando passa dois a três dias sem tomar seus remédios? Como podemos comparecer a uma festa na casa de um amigo sujos, fedendo e rasgados? A Confissão é o banho que nos limpa, o remédio que nos fortalece e a veste nova que nos torna prontos para comparecermos ao banquete, à grande festa que Deus nos oferece: a Santa Missa!
A confissão freqüente (pelo menos uma vez ao mês, como Nossa Senhora pede em Medjugorje) é o remédio e a cura para a família de hoje!


ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO

Vida conjugal é IGUAL a perdão mútuo diário! Dois esposos cristãos (portanto, dois irmãos na fé) devem SEMPRE se perdoar! É claro que devemos evitar ofender o outro e procurar, no que for possível, agradar e torná-lo feliz. Porém, se ofendermos o nosso cônjuge, devemos logo lhe pedir perdão e procurar reparar a ofensa! A parte ofendida, por sua vez, deve oferecer o perdão e deixar-se ser reparada!
Sei que isso é difícil! O maligno espreita o casal e a família para leva-los ao ódio, ao ciúme, ao ressentimento, à intriga, ofensas, brigas, agressões verbais e até mesmo físicas! Quanta violência nós vemos hoje em dia nos jornais e na televisão, produzidas dentro da família!
Jesus, Aquele mesmo que, no dia do casamento, oficiou a união do casal, na pessoa do sacerdote, é a força para vencermos todas as tentações e ataques do demônio!

NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

A família, base da sociedade e da Igreja é o alvo “número um” dos ataques do maligno, do mundo (seu escravo) e da carne (inimiga do Espírito de Deus):
1) O Demônio: sugerindo todo tipo de pecado ou vício que possa destruir a família!
2) O Mundo: oferecendo aos membros da família seus falsos valores (o “amor livre”, “aventuras” extraconjugais, divórcio, aborto, etc) e “novas idéias” tidas como “modernas” ou “normais para os dias de hoje”.
3) A Carne: ciúmes, luxúria, desonestidades, despudor, traição, impaciência com o outro, sentimentos de dominação do outro, etc.
Peçamos sempre ao Pai, que nos ama, que nos livre de toda tentação: a repentina, a inesperada, a escondida (disfarçada), a constante e a intensa!

MAS, LIVRAI-NOS DO MAL!

Como oração, digamos: sim, ó Pai, livrai nossas famílias de todos os males: da falta de amor, da falta de perdão, do desrespeito, do ódio, do ciúme, da inveja, da desconfiança, de brigas, rixas, calúnias, mentiras, impurezas, adultério, do desemprego, de doenças graves, da violência, da falta de fé, do comodismo e preguiça espirituais, da falta de amor a Deus e à Igreja, de heresias, do “ateísmo prático”, etc!
Nossa Senhora, Rainha das Famílias, rogai por nós! Amém!
Sim! Assim seja! Faça-se em nós, em minha família, em todas as famílias, a Vossa Eterna Vontade, ó Senhor! Amém!
(Giovani Carvalho Mendes)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Muitas dessas mães tinham o desejo de ver um de seus filhos tornar-se sacerdote"

"No pequeno vilarejo de Lu na Itália do norte, há uma localidade com poucos milhares de habitantes, situado numa região rural a 90 km a oeste de Turim. Este pequeno vilarejo teria ficado desconhecido se em 1881 algumas mães de família não tivessem tomado uma decisão que iria ter “grandes repercussões”.

Muitas dessas mães tinham no coração o desejo de ver um de seus filhos tornar-se sacerdote ou uma das suas filhas entregar-se totalmente ao serviço do Senhor. Começaram então a reunir-se todas as terças-feiras para a adoração do Santíssimo Sacramento, sob a guia do seu pároco, Monsenhor Alessandro Canora, e a rezar para as vocações. Todos os primeiros domingos do mês recebiam a Comunhão com essa intenção. Após a Missa todas as mães rezavam juntas para pedir vocações sacerdotais. Graças à oração cheia de confiança destas mães e à abertura de coração destes pais, as famílias viviam num clima de paz, de serenidade e de alegre devoção que permitiu aos filhos discernir com maior facilidade as suas chamadas.

Quando o Senhor disse: “Muitos são os chamados, mas poucos os eleitos” (Mt 22,14), devemos entendê-lo desta maneira: muitos serão chamados, mas poucos responderão. Ninguém podia pensar que o Senhor teria atendido tão amplamente o pedido destas mães. Deste vilarejo emergiram 323 vocações para a vida consagrada (trezentas e vinte três!): 152 sacerdotes (e religiosos) e 171 religiosas pertencentes a 41 diferentes congregações. Nalgumas famílias houve até três ou quatro vocações. O exemplo mais conhecido é o da família Rinaldi. O Senhor chamou sete filhos desta família. Duas filhas entraram para as irmãs Salesianas e, enviadas a Santo Domingo, tornaram-se pioneiras e missionárias corajosas. Entre os homens, cinco tornaram-se sacerdotes Salesianos. O mais conhecido dos cinco irmãos, Filippo Rinaldi, foi o terceiro sucessor de Dom Bosco, beatificado por João Paulo II aos 29 de Abril de 1990. De facto, muitos jovens entraram para os salesianos. Não foi por acaso, visto que Dom Bosco durante a sua vida visitou quatro vezes Lu. O santo participou da primeira Missa de Filippo Rinaldi, seu filho espiritual, na sua cidade de origem. Filippo gostava muito de lembrar a fé das famílias de Lu: “Uma fé que fazia dizer aos nossos pais: O Senhor nos doou filhos e se Ele os chama nós certamente não podemos dizer não!”. Mons. Evasio Colli, arcebispo de Parma, também vinha de Lu (Alessandria). Dele disse João XXIII: “Ele é que devia ser papa, não eu. Tinha tudo para ser um grande papa”.

A cada 10 anos, todos os religiosos, as religiosas e os sacerdotes ainda vivos se reúnem em Lu, vindos de todas as partes do mundo. Dom Mario Meda, durante muitos anos pároco da cidade, contou como este encontro na realidade é uma grande festa, uma festa de agradecimento a Deus por ter feito grandes coisas em Lu.

A oração que as mães de família rezavam em Lu era breve, simples e profunda: “Senhor, fazei que um dos meus filhos se torne sacerdote! Eu mesma quero viver como boa cristã e quero conduzir os meus filhos ao bem para obter a graça de poder oferecer a Vós, Senhor, um sacerdote santo. Amém”."

Fonte: Carta da Congregação do Clero, assinada pelo Cardeal Dom Cláudio Hummes, para promover a adoração eucarística em reparação e para a santificação do Clero.

Socorro! Queremos um Filho!

Socorro! Queremos um Filho!

"Por favor, socorra-me! Há algo estranho acontecendo comigo e com meu marido: queremos um filho! Sei que não é nada comum alguém querer um filho hoje em dia, por isso estou pedindo socorro. Ocorre que queremos um filho. Queremos dar a vida, dar à luz, pôr no mundo, como você quiser chamar, mas queremos um filho.

O mais espantoso é que queremos um filho não para nós mesmos, nem para nossa realização nem para nos sentirmos bem ou curtirmos a experiência de sermos pais. Queremos um filho por ele mesmo! Não é incrível?!? Não o queremos para ter uma experiência gratificante. Queremos um filho como uma pessoa única, por quem ele é, seja ele como for.

Não me entendo, devo estar ficando maluca, mas queremos um filho seja ele feio ou bonito, inteligente ou burro, alto ou baixo, verde, azul, marrom, branco, vermelho, amarelo, não importa. Queremos por ele mesmo, não por nós, entende? Isso me deixa preocupada. Sou diferente de todas. Acho que influenciei meu marido. Por favor, ajude-me!

A coisa é tão grave, que queremos um filho mesmo que seja anencéfalo, mesmo que seja fruto de um estupro, mesmo que seja Down, mesmo que não ouça, não veja, não ande, não fale... Sim, sei que é grave, mas queremos um filho por ele mesmo!!!

Do mais profundo de nós mesmos, sobe um grito: queremos um filho para amá-lo, para nos entregarmos a ele, para servi-lo em sua dependência e fragilidade, em sua vulnerabilidade inicial. Queremos, em Deus, dar a vida para que ele tenha vida, você entende? Sei que é insano, mas queremos seguir seu crescimento, seu desenvolvimento vida afora, queremos gerá-lo para Deus e para a humanidade, ainda que isso nos custe a saúde, a beleza, a vida. Estranho, mas queremos um filho não por nós, mas por ele mesmo, não para nosso prazer, mas para que ele seja quem Deus quer que ele seja e queremos colaborar para isso com todas as nossas forças, em meio a alegrias e dores.

Está vendo como é grave? A imagem de Deus segundo a qual fomos criados nos empurra a fazer a oferta de nós mesmos a um filho, me empurra a ser mãe de um filho por ele mesmo. É mais forte do que eu! Ajude-me, o que faço?

Não sei explicar direito, mas é como se a fecundidade que Deus pôs em nós fosse mais que biológica, semelhante à dos animais. É como se fosse... deixe-me ver... ahn... uma participação do poder criador de Deus que é Pai e não somente continuador ... preservador de espécie, entende? Que horror! Estou tão doente que só de falar em ter filho para preservar a espécie, para continuar a família, me sinto mal! Ajude-me! Sou chamada a ser mãe como Deus é Pai e não como uma gata é mãe! É grave, já lhe disse! Não me negue sua ajuda!

Para agravar mais ainda meu caso, queremos um filho de nossas entranhas, gerado em um ato conjugal, um belo presente-surpresa de Deus que não só participa, mas governa nosso matrimônio! É, ainda tem essa: meu marido e eu casamos virgens. Sou casada sempre com o mesmo homem, e casada na Igreja, como se diz.

Por favor, não se espante demais! Tenho medo de que me abandone, de que desista de me ajudar, mas preciso ser verdadeira: minhas entranhas são raham, como dizem os hebreus. São entranhas para dar a vida... Não me olhe assim, por favor. Acho que errei quando mencionei os hebreus, mas é que eles são meus irmãos mais velhos... Perdão se tenho que mencionar João Paulo II, sei que lhe desagrado. Posso continuar?

Queremos um filho que não seja programado em um consultório médico. Queremos um filho home made, que não seja manipulado em laboratório. Não queremos escolher a cor de seus olhos, de sua pele, de seus cabelinhos. Não queremos programar ou aprimorar seu DNA, queremo-lo como Deus o quiser, queremos estender as mãos para o céu e recebê-lo como um presente de Deus colocado por meu marido em minhas entranhas. As entranhas raham têm de participar, entende?

Perdoe-me. Sei que não estou sendo moderna, nem emancipada, nem dona do meu próprio filho, como se faz hoje em dia. Sei que estou fora da mentalidade e fora da lei. É exatamente por isso que peço ajuda. Estou diferente demais dos outros. Devo estar doente.

Não tomo anticoncepcionais, não uso DIU, não aplico compressas hormonais, não fico como histérica preocupada a contar dias para lá e para cá, meu marido não usa preservativos. Sei que é extraordinário, mas queremos um filho que venha como fruto de sabermos que nossa fecundidade humana é apenas parcial e que a verdadeira fecundidade vem de Deus e não queremos inverter isso. Deus vem primeiro com relação ao meu filho. Eu até já digo a Ele que é o nosso filho. Não é de preocupar? Queremos um filho que não nasça da vontade da carne, que controla tudo, que pretende ter nas mãos as rédeas da criação. Queremos um filho que nasça do Espírito e no Espírito seja educado para Deus.

Será que estou com aquela doença de quem tem mania de ser Deus? Porque, na verdade, queremos um filho por ele mesmo porque, como disse João Paulo II ... ops, desculpe! Mencionei outra vez... Bem, como ele disse, Deus nos quis por nós mesmos, únicos aos seus olhos, dons Dele dados ao mundo pela mediação das leis biológicas e desejo dos nossos pais. Como é mesmo o nome desta enfermidade na qual a pessoa pensa que é Deus ou um santo qualquer? Será que é ela que nos aflige, que nos faz tão diferentes das outras pessoas?

Ocorre que queremos entrar na alegria e experimentar o riso de Sara, participando da alegria de Deus ao acolher um filho por ele mesmo, sabendo que todas as criaturas de Deus são boas, como diz Timóteo. Queremos um filho para viver com ele a experiência da fecundidade que transcende a fecundidade biológica. Queremos um filho para nos darmos a ele e para recebê-lo gratuitamente e, juntos a ele, ordenarmos nossa vida para o amor.

Queremos um filho para criá-lo juntos, na mesma casa, sob o mesmo teto, sob as mesmas alegrias e dores, com um monte de outros irmãos. (É isso mesmo, esqueci de mencionar que, para tornar meu estado ainda pior, queremos muitos, muitos filhos). Não queremos uma “produção independente” ou um fruto de “gravidez assistida”. Não o queremos para entregar para que outros criem. Queremos criá-lo! Queremos vê-lo tornar-se santo e dar a nossa vida para que isso realmente aconteça! Oh meu Deus, devo estar maluca!

Você vê a que ponto cheguei? Vê a que ponto me tornei esdrúxula com relação às outras mulheres? Vê o perigo que corro de não ser aceita, de não ser compreendida, de não ser considerada normal?

Você percebe a que ponto influenciei o meu marido a pensar como eu? Percebe como sou um perigo para a sociedade, para o progresso da ciência e para a saúde financeira dos laboratórios, clínicas de fertilização e hospitais? Vê como sou uma ameaça à eugenia disfarçada que estamos a praticar? Vê como sou perigosa para algumas idéias nazistas que se vêm espalhando sorrateiramente? Percebe como me tornei fora da lei do nosso país que, na prática, permite o aborto sob vários disfarces? Entende como sou um perigo para a modernidade relativista, hedonista, individualista? Então, você tem ou não como ajudar-me a não ser tão perigosa?

Você me acusa de irônica, de desrespeitosa, de insolente... seu olhar enche-se de ódio... Ei! ... O que está fazendo? Por que esta seringa? Por que este vidro de veneno? ... Vai injetá-lo em mim!... É a solução que encontrou?!? Sim, entendo. É preciso matar-me para eu não atrapalhar, não ameaçar, não estragar tudo planejado e gotejado nas consciências há tantas décadas. Sei que não tenho como correr daqui. As portas estão fechadas. Não há janelas. Só você, grande e forte, com a seringa mortífera na mão, nesta sala minúscula.

Você me segura com muita força. Estou imóvel. Sei que você vai me matar. Esta é a solução encontrada: matar. Matar sempre, matar de várias formas, matar sob vários disfarces. Sei que vai me matar. Deus perdoe. Mas, preciso dizer-lhe, esta doença que trago é tão perigosa, é tão poderosa que, quando se mata um portador, ela se espalha, misteriosamente, em milhares de outros. É o vírus que inocula os que se sabem amados por Deus. É bom você catalogá-lo e especificar sua ação antes de acabar comigo, pois não há como constatar sua presença através de exames. Guarde bem o nome em sua memória e digite-o assim que meu corpo cair sem o que você chama de vida. É o perigoso vírus do martírio."

Maria Emmir Oquendo Nogueira

Artigo baseado em texto de Georgette Blaquière
Em “Femmes sélon le Coeur de Dieu”, ed. Fayard

Fonte: Comunidade Shalom - http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=660