"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Influência da família em Santa Teresa e papel da família atual na educação dos filhos




Influência da família em Santa Teresa e papel da família atual na educação dos filhos

A família é a primeira escola onde se aprende a ser pessoa em relação (acatar ordens, negociar, pensar nos outros, renunciar a certos gostos, ser generosos, partilhar, dedicar-se, dar e receber carinho).

A família de Santa Teresa terá alguma coisa a dizer-nos, hoje? Dom Alonso perdeu a sua primeira mulher. Ficou viúvo muito novo, com dois filhos, e voltou a casar. Teresa (28.3.1515) é filha do segundo casamento de Dom Alonso com Dona Beatriz de Ahumada (uma jovem de Olmedo, de 15 anos). Dois filhos do primeiro casamento, mais dez do segundo, fazem com que na família de Teresa haja 12 irmãos.

Teresa já é freira e os seus confessores mandam-lhe que faça um relato da sua vida espiritual, das mercês que o Senhor lhe faz. Ela remonta à infância. Começa por dizer:”O ter pais virtuosos e tementes de Deus me deveria bastar se eu não fosse tão ruim…, com o que o Senhor me favoreceu para ser boa” (V 1, 1).
Teresa reconhece que tudo o que é em adulta começou a forjar-se na infância, vendo como viviam os pais, relacionando-se com os irmãos, partilhando a amizade com os seus familiares.

Vamos dividir esta reflexão em três alíneas: Pais, irmãos e familiares. Nascemos, vivemos e morremos entre eles. Deles e com eles, aprendemos a ser pessoas.



1. PAIS

Teresa reconhece a influência de seus pais, as suas virtudes, como viviam a sua relação com Deus…Para ela foram um dom de Deus e o espelho onde se revia.

1. Seu pai era afeiçoado “a ler bons livros, e por isso os tinha em vernáculo para que os filhos os lessem”. A mãe gostava dos “livros de cavalaria” (V 1,1). O resultado foi que estes costumes dos pais despertaram em Teresa o gosto pela leitura.

500 anos depois, muitos de nós continuamos a acreditar na influência “educativa” que tem a vida dos pais na dos filhos: as reacções, conversas, gestos, divertimentos, esperanças, crenças… tudo educa. Ser pai é transmitir vida e a tarefa não termina com dar à luz os filhos.


2. “O cuidado que a minha mãe tinha em nos fazer rezar e em sermos devotos de Nossa Senhora e de alguns santos, começou a despertar-me, na idade – segundo creio – de seis ou sete anos”.

Actualmente, muitos de nós continuamos a defender a necessidade de pôr os filhos em contacto com Deus, de educar a sua dimensão transcendente, de agradecer a Deus a vida, de rezar. Porque, nos nossos dias, manifestar publicamente a fé é um acto de coragem e coerência. E porque teremos de nos acobardar perante os que põem em ridículo a nossa religião? A vivência da fé na família continua a ser actual e necessária para o crescimento equilibrado dos filhos.

2. “Era meu pai um homem de muita caridade para com os pobres e de piedade para com os doentes (…), era de grande verdade. Nunca ninguém o viu jurar ou murmurar. Sobremaneira honesto”. “Ajudava-me não ver nos meus pais senão apoio para a virtude: tinham muitas” (V 1, 2).

Hoje, muitos de nós continuamos a apostar em recuperar o valor da verdade, da honradez e da honestidade. Se, na sociedade, respiramos mentira, egoísmo, deslealdade e ânsia de poder a qualquer preço, é porque na família não “se dá valor aos valores”. É urgente recuperar a eficácia da educação das virtudes: fortaleza, temperança, prudência, justiça, fé, esperança, caridade.


3. “A minha mãe tinha também muitas virtudes, e passou a vida com grandes enfermidades. Grandíssima honestidade (…), muito serena e de grande entendimento” (V 1, 3).

500 anos depois, muitos de nós continuamos a reconhecer a grandeza das nossas mães. E nos surpreendemos a fazer coisas que elas faziam, usando expressões que elas diziam, admirando e agradecendo uma vida de entrega silenciosa e muitas vezes sacrificada.

Muitos continuamos a acreditar que ser mãe significa defender a vida do filho, antes e depois de ele nascer.

Muitos continuamos a acreditar que o sacrifício é um valor vigente e necessário na família e na sociedade. E que a capacidade de sofrimento e de renúncia torna o homem forte face às dificuldades. Serão fortes e sofridos os nossos jovens?


4. “Lembro-me de que, quando a minha mãe morreu, tinha eu pouco menos de doze anos de idade. Quando comecei a compreender o que tinha perdido, fui-me aflita a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei-lhe com muitas lágrimas que Ela fosse minha mãe. Parece-me que, embora o tenha feito com candura, me tem valido” (V 1,7).

500 anos depois, damo-nos conta de que o maior conflito, o maior sofrimento que existe numa família continua a ser a doença e a morte dos seres queridos.
A morte dos pais, quando os filhos são ainda pequenos, envolve a família num mar de incerteza e insegurança. A solidão converte-se em companheira absoluta, surgem com força as perguntas pelo significado da existência e a pessoa fica como que desvalida, desprotegida pela ausência do pai ou da mãe. Quando se tem fé, pode-se recorrer ao Senhor, à Virgem Maria, pode-se rezar mesmo que não se compreenda, mas a dor e as lágrimas são inevitáveis:”supliquei-lhe com muitas lágrimas que Ela fosse minha mãe”.

Vivemos numa sociedade cheia de contradições. Por um lado, envolve-nos a violência e a morte nos telejornais, nos filmes, nas séries televisivas e nos jogos de vídeo. Por outro, evitamos falar da outra vida, do mais além. Habituando os filhos a brincar com a morte, tiramos valor à vida.


“Foi coisa para louvar o Senhor a morte que teve (meu pai), e o desejo que tinha de morrer, os conselhos que nos deu… encarregando-nos que o encomendássemos a Deus… que víssemos como tudo acaba” (V 7, 15).



II. IRMÃOS

1. “Éramos três irmãs e nove irmãos. Todos se pareciam com seus pais – pela bondade de Deus – em serem virtuosos” (V 1, 4).

500 anos depois, os investigadores e estudiosos da família “descobrem” que a relação entre os pais determina a relação entre os irmãos. Se vêem coerência de vida nos pais, aprendem a ser coerentes.

2. Tinha um irmão quase da minha idade (…) Juntávamo-nos a ler vidas de santos . (…) Espantava-nos muito dizer que pena e glória era para sempre (…) Acontecia-nos estar muito tempo tratando disto e gostávamos de dizer muitas vezes: para sempre, sempre, sempre! Com pronunciar isto muito tempo era o Senhor servido que me ficasse impresso, na meninice, o caminho da verdade” (V 1, 5).

Hoje, continuamos a defender a importância das relações entre irmãos. Do ponto de vista social, são um ensaio, uma preparação para a inserção de crianças e jovens no grupo de amigos, na escola e na sociedade.
Do ponto de vista pessoal, estas relações determinam o desenvolvimento e a configuração da personalidade e das crenças, porque os irmãos têm tendência a imitar-se.


3. “Dava esmola como podia, e podia pouco. Procurava solidão para rezar as minhas devoções, que eram bastantes, em especial o Rosário, de que a minha mãe era muito devota, e por isso nos fazia sê-lo” (V 1, 6)

500 anos depois, continuamos a observar que cada um sabe o que lhe ensinam. E que uma sociedade sem Deus, como a nossa, é fruto de uma série de causas que convergem, entre as quais está a educação na família e na escola. Em que momentos ou acontecimentos da vida reza a família de hoje? Quem vai ensinar os filhos a rezar quando desapareça a geração das avós? Que sinais religiosos vêem os nossos filhos nas suas casas? Em que celebrações da fé participa toda a família? Quem educa a dimensão transcendente das nossas crianças, adolescentes e jovens?


4. Teresa interessa-se pela sorte e negócios de seus irmãos: “Nada me dá tanto contentamento como o de que os meus irmãos, a quem tanto amo, tenham luz para querer o que é melhor. (E digo-lhes) agora que ponham todos os seus negócios em Suas mãos, que sua Majestade fará em tudo o que mais nos convém” (Carta 23, 3).



III. FAMILIARES

1. “Tinha uns primos irmãos… Eram quase da minha idade, pouco mais velhos do que eu; andávamos sempre juntos… Recebi toda a má influência de uma familiar que frequentava muito a nossa casa”. Meu pai e minha irmã lamentavam muito esta amizade” (V 2, 4).

500 anos depois, assistimos ao efeito produzido por uma má companhia. “Sobretudo no tempo da mocidade deve ser maior o mal que causa” – diz Santa Teresa.
E a experiência diz-nos que isto continua a ser verdade. Muitos pais procuram com todo o cuidado uns bons amigos para os seus filhos e temem sempre que se juntem com más companhias.



CONCLUSÂO

De tudo isto, fica-nos uma certeza: Santa Teresa teve a sorte e o dom da família. O ter pais virtuosos, irmãos com quem partilhava sonhos e esperanças… tudo isso fez dela uma mulher de fé firme, comprometida com a vida, dependente de Deus e com desejo de procurar e viver “a verdade de quando era menina”.

O testemunho da vida de Teresa de Jesus tem de nos dar forças para sermos defensores da família como sustentáculo e força da sociedade, como a melhor escola de valores. Tem de nos fortalecer na certeza de que a família é um valor para a sociedade e não podemos permitir que ninguém ponha em ridículo nem ataque a sua existência.

Deve tornar-nos críticos dos meios de comunicação e de todos o que se empenham em nos oferecer modelos de relações familiares em que não existe o respeito, nem o amor para com o outro, nem a defesa da vida e da dignidade humanas.

Basta-nos acender a televisão em qualquer dia, e até me atreveria a dizer a qualquer hora, para ver e escutar história de famílias em que tudo vale, histórias de jovens sem pudor, sem um questionamento sério sobre a vida. Onde está o direito da família a ser protegida pelo Estado se, na Televisão pública, se destrói a família?

A família actual vive num mar de incertezas. Assistimos a uma ausência de valores humanos, sociais e religiosos. Os pais preocupam-se com a educação dos filhos e do seu futuro. Os filhos vivem à margem dos pais. Perante este panorama, permitam-me que lhes diga:

Teresa escolheu viver na família carmelitana. Também nela havia grandes problemas para os quais era difícil encontrar solução. O que ela via na sua Ordem, vamos aplicá-lo ao que qualquer pai ou mãe vive na sua família.

“Estando um dia muito amargurada com o remédio da Ordem, disse-me o Senhor: ‘Faz o que estiver na tua mão e deixa-Me tu a Mim e não te preocupes com nada; goza do bem que te foi dado, que é muito grande; o meu Pai deleita-Se contigo e o Espírito Santo ama-te’ (CC 10ª,Toledo, Junho de 1570).
É esta a mensagem que eu gostaria de transmitir hoje aos pais e mães: que reconheçam o bem da família, que gozem dela, que agradeçam a Deus o dom dos filhos, que aproximem os filhos de Deus e os ponham nas Suas mãos. Que acreditem e vivam o amor que Deus lhes tem. Pusemos Deus fora dos nossos lares e até da nossa vida. Talvez esteja nisso todo o problema.
Que Teresa de Jesus nos sirva de modelo na oração, na fortaleza de vida, na confiança no Deus que nos salva e a Quem devemos tudo!


Júlia Villa Garcia
Doutora pela Universidade Pontifícia de Salamanca

ENCONTRO DE ORAÇÃO COM AS FAMÍLIAS CARMELITAS EM MONTES CLAROS-MG




Alguns membros do Grupo Beata Elizabeth da Trindade, da OCDS de Montes Claros-MG iniciarão no dia 28/01/2010 (quinta-feira), às 19:30hs uma reunião mensal extraordinária nas residências das famílias dos membros da Ordem Carmelita, com a finalidade de interceder pelas famílias carmelitas, bem como para promover a integração dos familiares com a Ordem. O encontro constará da recitação do terço, escuta do Evangelho e partilha da Palavra.
O primeiro encontro acontecerá  na Rua da Administração, nº 125 - Bairro Universitário - Montes Claros-MG, endereço residencial de Marcelo Vilela, para quem poderão ser enviados os pedidos de oração através do e-mail vilelamoc@yahoo.com.br ou pelos telefones (38) 3082-4869 e (38) 9956-4869.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Congresso das Famílias 2010 em Fortaleza-CE

As famílias e a crise econômica

Um relatório revela a situação do casamento na América do Norte


Por Pe. John Flynn, L.C.

ROMA, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 (ZENIT.org)-. A atual crise econômica pode ter ocasionado um efeito positivo no matrimônio. O divórcio caiu 4% nos Estados Unidos, até 16,9 divórcios por cada 1.000 mulheres casadas, sendo que em anos anteriores havia subido de 16,4 em 2005 para 17,5 em 2007.

Esse é um dos pontos apresentados no relatório anual da situação matrimonial que foi publicada em dezembro no National Mirriage Project, da Universidade da Virgínia, junto com o Center for Marriage and Families of Institute for American Values.

O relatório, intitulado “A Situação de nossos matrimônios na América do Norte 2009: Dinheiro e Casamento”, também confirmou que os americanos estão atrasando o casamento ou renunciando a ele.

Parte dessa queda vem da tendência de adiar o primeiro casamento: a idade média do primeiro casamento passou de 20 anos para as mulheres e de 23 para o sexo masculino para cerca de 26 e 28, respectivamente, em 2007. Outro importante fator foi o aumento da coabitação.

Juntamente com os dados sobre casamentos e divórcios, o relatório continha uma série de ensaios que examinavam as implicações das últimas estatísticas. Considerando o impacto econômico da recessão nos casamentos, o professor de sociologia e diretor do National Marriage Project Bradford Wilcox observou que não é a primeira vez que ocorre uma correlação entre crise econômica e menos divórcios.

A mesma coisa ocorreu na Grande Depressão dos anos 30. O declínio do divórcio é em partes devido a fatores econômicos que simplesmente levam os casais a adiar o divórcio. Há, no entando, outro fator dinâmico mais durável segundo Wilcox. Nas últimas décadas, os americanos veem cada vez mais o casamento como uma união de parceiros ou parceiras de alma. Dessa forma, a intimidade emocional, a satisfação sexual e a felicidade individual passam a ser as aspirações primárias do casamento.

“A recessão nos recorda que o matrimônio é mais que uma relação emocional; o casamento é também uma sociedade econômica e uma rede de segurança social”, comenta Wilcox. Assim, caso ocorra desemprego, ou a possibilidade de duas fontes de renda incentiva muitos casais a ficarem juntos.

Desvantagens

As pressões econômicas também tem suas desvantagens, admitiu Wilcox. As dificuldades econômicas podem trazer consigo alcoolismo, depressão e um aumento de tensões no casamento, que em alguns casos levam ao divórcio. Em geral, a maioria dos casais casados não responderam à crise econômica escolhendo o divórcio.

Wilcox ainda adverte que o impacto da crise econômica poderia ser mais difícil para quem não tem estudo. O desemprego atingiu de forma dura as pessoas sem cursos acadêmicos. Na verdade, mais de 75% dos postos de trabalho perdidos foram concentrados neste grupo.

A informação fornecida em setembro de 2009 pela Oficina de Estatística Laboral mostrava que 4,9% das mulheres e 5% dos homens com formação acadêmica estavam desempregados. Em contraste, entre aqueles com somente ensino médio, 8,6% das mulheres e 11,1% dos homens estavam desempregados.

Wilcox segue citando sobre a pesquisa, que indicava que os maridos são claramente menos felizes nos casamentos e mais propícios a pensar no divórcio, quando suas esposas assumem a tarefa de trazer o pão para casa.

O aumento do desemprego entre as pessoas de classe trabalhadora poderia também ter impacto na situação matrimonial desse grupo sócio-econômico.

Os apêndices estatísticos do relatório proporcionam mais informação sobre essa preocupante tendência. As mulheres com educação universitária estão se casando com uma maior idade que o restante das mulheres. Não só isso, mas a taxa de divórcios entre estas mulheres está relativamente baixa e segue baixando.

“Na verdade, as mulheres universitárias, que uma vez foram líderes da revolução do divórcio, agora têm uma visão mais restrita do divórcio que as mulheres menos instruídas”, diz o relatório.

Por outro lado, entre as mulheres que adiam o casamento até depois dos 30 anos, as que são mais instruídas são as que têm mais probabilidade de ter filhos depois do casamento e não antes.

Essa tendência positiva é compensada pelo fato dos norte-americanos com formação universitária com famílias felizes e estáveis não terem filhos suficientes para substituir a si mesmos. Em 2004, 24% das mulheres de 40 a 44 anos com um diploma universitário não tinham filhos, em comparação com somente 15% daquelas que só tinham o ensino médio.

Reduzir as dívidas

Olhando para o lado positivo, Jeffrey Dew, professor adjunto na Universidade Estadual de Utah, afirmou que a recessão resultou que os norte-americanos coloquem fim à bagunça nos cartões de créditos.

Até dezembro de 2008, os consumidores dos Estados Unidos haviam alcançado os 988 milhões de dólares em dívidas de crédito, mas em 2009 esse número caiu para cerca de 90 milhões de dólares.

Dew citou investigações que indicam que a dívida dos consumidores tem um poderoso papel na erosão da vida matrimonial. Os estudos indicam que os casais recém-casados que fazem dívidas de consumo são menos felizes nos seus casamentos.

Em contrapartida, os casais recém-casados que pagaram suas dívidas de consumo que trouxeram para o casamento ou adquiriram depois de casados têm menos problemas na qualidade do casamento ao longo do tempo.

Um estudo indicou que se um dos cônjuges estava gastando dinheiro descontroladamente aumentava a probabilidade de divórcio em 45% tanto em homens quanto mulheres. Somente as causas de alcoolismo e consumo de drogas estão acima desse motivos anteriores, como causa de divórcios.

O estudo de Drew também fazia uma interessante menção a respeito da vida matrimonial. Os cônjuges materialistas sofrem mais com problemas matrimoniais. Estes casais baseiam muito sua felicidade e sua própria valorização no acúmulo de bens materiais. Assim, quando há problemas econômicos, sofrem vários conflitos em seu casamento.

Dica econômica

Alex Roberts, perito do Institute for Americans Values, citava dados do Ministério de Saúde e Assuntos Sociais que mostram que a atual crise revela, mais uma vez, que existem vantagens econômicas que os casais perdem quando se divorciam.

Roberts afirma que uma família de três membros - dois pais e um filho - precisa ter renda de U$ 18.311 para que seja considerada acima da linha da pobreza. Se os pais se mantiverem em famílias separadas, o total necessário para estar fora do patamar de pobreza é de U$ 25.401.

Dessa forma, se os pais se separam, deverão ganhar U$ 7.090 dólares a mais (um aumento de 39%) para evitar a pobreza. “O casamento consegue gerar enormes economias de escala - especialmente para aqueles com salários baixos”, observou Roberts.

O casamento tem também um efeito positivo na produção de riqueza. Roberts fazia referência às pesquisas dos economistas Joseph Lupton e James P. Smith.

Eles verificaram os salários e as finanças de 7.608 chefes de família entre 1984 e 1989, e descobriram que aqueles que estavam casados gozavam de um aumento em seus ingressos entre 50% e 100% e um aumento patromonial entre 400% e 600%.

Os lares dos que continuavam casados, em média, tinham o dobro do rendimento e quatro vezes mais de patrimônio que os dos divorciados ou daqueles que nunca se casaram.

O que está atrás dessa vantagem dos casados? Roberts dizia que isso se explica em parte pela tendência de se casar das pessoas com maior salário e poupança. Também mostrava que os homens casados trabalham mais e ganham mais que os solteiros.

Os pesquisadores, disse Roberts, descobriram que o casamento se conecta às regras e expectativas de responsabilidade e administração econômica que animam a um sábio uso dos recursos.

Esse efeito não ocorre nas uniões de fato, que é menos provável que atinja tantos recursos ou se sintam motivados a gastar de modo adequado ou poupar.

Não podemos reduzir os casamentos unicamente a um mero benefício econômico, admitiu Roberts, mas é certo que seria vantajoso para a sociedade que houvesse uma apreciação mais clara das vantagens econômicas do casamento. Um ponto ao qual os políticos deveriam prestar atenção.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Oração dos pais pelos seus filhinhos à Santa Teresinha



Ó querida Santa Teresinha, irmãzinha do Menino Jesus, debaixo do alvíssimo manto da vossa proteção, colocamos a inocência de nossos filhinhos. Estas almas, tenras e cândidas, que sempre foramaram a delícia do coração amoroso de Jesus e que vós chamastes "o espelho de Deus" são inestimáveis tesouros de que nós somos depositários e guardas para torná-los virtuosos filhos de Deus. Vós, amável santinha, vedes e sabeis, quão grande é a nossa responsabilidade perante Deus, e como, cada vez mais, se torna difícil o dever de salvar estes inocentes corações do extermínio que Satanás faz hoje em dia no mundo. Ó angélica Teresinha, pelas inefáveis doçuras da Infância Divina, pelo amor ardente que tivestes ao Menino Jesus, guardai os nossos filhinhos, velai sobre a sua incoência, conservai-lhes a candura. Fazei com que cresçam para as compalcências de Deus, para o regozijo dos Anjos, para a delícia do Vosso coração e para nossa felicidade. Sugeri-nos as palavras com que possamos instruí-los, dai-nos a eloquência do bom exemplo para que os possamos educar e edificar no bem e na virtude. Afastai deles todo o perigo, fazei com que o pecado jamais lhes gaste a beleza das suas almas, e que, chegados à plenitude da idade, glorifiquem a Deus com uma vida santa, e contemplem finalmente, o número dos eleitos no céu. Amém.



(Orações em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, p.16-7)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Única forma de consertar o mundo é pela família



Diz o cardeal López Rodríguez, Primaz da América
SANTO DOMINGO, quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Com uma emotiva celebração eucarística a arquidiocese de Santo Domingo, República Dominicana, celebrou-se o dia da Sagrada Família, no domingo 27 de dezembro, na Catedral Primaz da América.
A celebração foi presidida pelo cardeal arcebispo de Santo Domingo, Nicolás de Jesús López Rodríguez, ao lado de sacerdotes e diáconos. A liturgia foi preparada por representantes das realidades e grupos que trabalham na Pastoral Familiar.

Em sua homília, o cardeal pediu insistentemente que os pais retomem a tradição de dar a benção a seus filhos como era feito antigamente. O cardeal recordou sua própria família, que sempre lhe dava a benção. Isso ajudou a manter uma vida de fé apegada aos valores familiares.

“Devemos saber como lidar com essa tendência moderna que traz as piores atrocidades, absurdos e perversões, temos de rever como nós estamos apresentando o modelo familiar para o século XXI, que é o que sempre se manteve na tradição judaico-cristã”, disse o cardeal. Outro ponto afirmado em sua homilia foi que a família tem de ser o que é, não o que os outros querem que seja.

O arcebispo louvou o apostolado dos grupos que trabalham pela família. “Convido as famílias a se sentirem chamadas, animadas a viver tudo que esses grupos podem oferecer. A única maneira de consertar o mundo é organizando a família, não há outro caminho, o problema todo está aí”.