"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Missa pelas famílias reuniu 30 mil pessoas em Aparecida


APARECIDA, segunda-feira, 25 Cor do textodCor do textoe maio de 2009 (ZECor do textoNIT.org).

Cor do texto
- A Missa pelas famílias na manhã de ontem no Santuário de Aparecida reuniu 30 mil pessoas, no contexto da Peregrinação em Favor da Família.Na entrada, um grupo de pais, mães e filhos caminhou em direção ao altar, conduzindo o carro-andor com a imagem da Sagrada Família.A celebração foi presidida pelo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha. Contou ainda com a presença de 22 bispos e arcebispos e mais de 100 padres e seminaristas de todo o Brasil.Dom Geraldo Lyrio destacou em sua homilia que a família é “o lugar onde se aprendem as virtudes, os valores, os critérios e as atitudes que são necessárias para uma autêntica convivência social".O arcebispo de Mariana disse ainda que a família, “patrimônio da humanidade, constitui um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos”.Ele recordou palavras de Bento XVI em sua viagem ao Brasil de maio de 2007, quando o Papa afirmou que a família é “escola de fé, espaço de valores humanos e cívicos, lar em que a vida nasce e é acolhida generosa e responsavelmente”.“A família é insubstituível para serenidade da pessoa e para a educação de seus filhos", recordou Dom Geraldo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Brasil: famílias peregrinam ao Santuário de Aparecida

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Evento quer reforçar os valores da família, diz arcebispo

APARECIDA, quarta-feira, 20 de maio de 2009 (ZENIT.org).
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- O Santuário de Aparecida acolhe no próximo final de semana a Peregrinação Nacional em Favor da Família, organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O evento tem como tema: “Família Discípula e Missionária a Serviço da Vida”.De acordo com os organizadores, a cidade de Aparecida foi escolhida por ter Maria como padroeira e pela sua importância religiosa para o Brasil.O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, Dom Orlando Brandes, considera que a peregrinação será um despertar para importância da família. “Queremos despertar o brasileiro para o valor e a centralidade da família diante de tantas crises que passamos na atualidade”, diz em um comunicado enviado a Zenit.Dom Orlando também afirma que o evento responde às orientações do Papa Bento XVI sobre incrementar e fortalecer os valores familiares, indicações estas presentes também nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e no Documento de Aparecida.“A família é um dos eixos transversais da ação evangelizadora”, afirma o arcebispo, que considera o encontro como uma oportunidade de conscientização sobre as necessidades mais urgentes para a família.“Esse evento só vem confirmar a necessidade de defender a família, fortalecer, ajudar e apoiar os congressistas para observarem o seu valor primordial, para que assim eles possam ter base para aprovar urgentemente as causas de tão importante parcela da população brasileira”, destaca.Entre as atividades do evento, no dia 23 de maio, haverá procissão até a Tribuna Bento XVI, para oração do terço meditado e, às 19h, acontecerá a missa na Basílica Nacional, com procissão luminosa.No domingo, 24, os participantes se reunirão para a “Grande Concentração em Favor da Família”. Às 8h terá lugar a celebração eucarística na Basílica Nacional. Na Tribuna Aloísio Lorscheider acontecerá o show da família em favor da vida, com testemunhos familiares e apresentações musicais animadas pelo padre Reginaldo Mangotti. As TVs católicas transmitirão o evento.



quinta-feira, 14 de maio de 2009

Em Nazaré, Papa defende a família e a mulher

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Celebra Missa no Monte do Precipício


NAZARÉ, quinta-feira, 14 de maio de 2009 (ZENIT.org).-


De Nazaré, onde Maria escutou o anúncio do anjo Gabriel, e onde Jesus viveu a maior parte de sua vida, Bento XVI ergueu sua voz para recordar o papel insubstituível da família na sociedade e o dever de reconhecer e respeitar a dignidade e a missão da mulher.


Rodeado pelo esplêndido cenário do Monte do Precipício, em Nazaré, e na presença de mais de 40 mil fiéis, o Papa presidiu nesta quinta-feira de manhã a Missa de conclusão do Ano da Família convocado pela Igreja Católica na Terra Santa.


A recém-inaugurada estrutura que acolheu o Papa ao ar livre foi construída no monte onde, segundo a tradição cristã, inspirada no relato do evangelista Lucas, a multidão queria lançar Jesus. (Cf. capítulo 4, versículos 29-30).


Na homilia do ato mais multitudinário de sua visita à Terra Santa, o Papa sintetizou em uma sentença sua mensagem a favor da família: “como os homens e mulheres de nossos tempos precisam apropriar-se desta verdade fundamental, que está no fundamento da sociedade, e como é importante o testemunho dos casais para a formação das consciências e a construção de uma civilização do amor”.


O Estado, disse, tem o dever "o dever do Estado de apoiar as famílias em sua missão de educação, de projetar a instituição da família e seus direitos inerentes, e assegurar que toda família possa viver e florescer em condições de dignidade”.


Segundo o pontífice, Nazaré “nos lembra de nossa necessidade de conhecer e respeitar a dignidade dada por Deus e o papel próprio da mulher, assim como seus carismas e talentos particulares”.“


Como mães de família, como força vital no trabalho e nas instituições da sociedade, ou na vocação particular de seguir nosso Senhor através dos votos de castidade, pobreza e obediência, as mulheres tem um papel indispensável em criar essa ‘ecologia humana’ de que nosso mundo, e esta terra, precisa tão urgentemente.”


“Um ambiente no qual as crianças aprendem a amar e cuidar dos outros, serem honestas e respeitosas a todos, praticar as virtudes de misericórdia e perdão”, disse.


De acordo com o Papa, o Monte do Precipício “nos lembra, pelas gerações de peregrinos, que a mensagem do Senhor foi muitas vezes uma fonte de contradição e conflito com seus ouvintes”.“Infelizmente, como o mundo sabe, Nazaré experimentou tensões nos anos recentes que abalaram as relações entre suas comunidades cristã e muçulmana”, recordou o pontífice.“


Faço um chamado às pessoas de boa vontade em ambas comunidades para reparar o dano que foi feito, e em fidelidade à nossa crença comum no Deus único, o Pai da família humana, trabalhar para construir pontes e encontrar o caminho para a coexistência mais pacífica. Que todos rejeitem o poder destrutivo de ódio e prejuízo, que mata a alma dos homens antes de matar seus corpos”, disse.


(Com Mirko Testa)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nova iniciativa vaticana de apoio às famílias

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O Conselho para a Família coordenará e potencializará experiências de pastoral familiar

Por Patricia Navas
BARCELONA, segunda-feira, 11 de maio de 2009 (ZENIT.org).
- O Conselho Pontifício para a Família se propõe a potencializar e coordenar experiências pastorais a favor das famílias entre as dioceses e promover pesquisas que deem a conhecer os benefícios das famílias bem constituídas e os prejuízos das desintegradas.
Assim relevou seu presidente, o cardeal Ennio Antonelli, em uma conferência sobre a família e sua missão educadora, pronunciada no dia 7 de maio no Seminário Conciliar de Barcelona.
O cardeal explicou que o dicastério vaticano trabalhará, em colaboração com as conferências episcopais, “para sensibilizar a opinião pública a favor de uma política favorável às famílias, para que a linguagem dos fatos se imponha à das ideologias”, segundo um comunicado emitido hoje pela sala de imprensa do arcebispado de Barcelona.
O cardeal propôs alguns elementos pastorais para ajudar as famílias, como a criação de grupos de casais nas paróquias, dirigidos por casais bem preparados; a potenciação dos movimentos de espiritualidade e o compromisso das famílias em associações sociais.
Também propôs que a preparação para o casamento seja apresentada como um itinerário que começa quando o casal já fala de unir definitivamente suas vidas.Disse que “é preciso ajudá-los a descobrir o que é a vida cristã, suas atitudes, a relação com Jesus Cristo e com a Igreja, atitudes diante do dinheiro e da sexualidade, o perdão, o espírito de sacrifício e a importância da oração”, segundo o comunicado. Também destacou a importância de “promover encontros de famílias, de diálogo, de oração, de amizade, encontros que abram o círculo familiar fechado”.
Segundo o cardeal, a família atual é fraca, por causa de tendências culturais desfavoráveis a ela e à dignidade da pessoa humana, como o relativismo,o subjetivismo, o utilitarismo, o individualismo e o descrédito da família como uma comunidade de pessoas.Também pela fraqueza das convicções religiosas por parte dos pais, a pouca valorização da prioridade da missão educativa pela falta da presença da figura paterna, a ausência da mãe no lar, o relativismo ético e religioso, traumas familiar causados por separações e divórcios etc.
Para o cardeal, estas carências familiares na missão educadora levam a que os filhos cresçam sem profundas convicções religiosas e seus ideais sejam superficiais e sem contudo espiritual.Trata-se, disse o cardeal, utilizando uma expressão do Papa Bento XVI, de uma “emergência educativa” no interior da família.
O presidente do Conselho Pontifício para a Família recordou que a família deve ser o lugar onde se desenvolva a vocação ao amor, lugar da descoberta do outro, de comunhão e de solidariedade, de valorização das pessoas e das suas diferenças, de descobrimento da vocação ao matrimônio e da identidade sexual.
Deve ser também, disse, o lugar de procriação e educação na confiança e no amor, que vai muito além do ensinamento teórico, o lugar no qual se aprende a ser.
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Mensagem Carmelitana para as Mães

Dia das Mães - A Mãe na História de uma Santa Carmelita

Que nome bonito é o nome de mãe. Que mês bonito é o de maio. Bonito, por que se dedica a mãe do Criador e mãe de todos nós. Mãe e mulher que no seu silêncio contemplativo e de admiração soube em segundos dizer aquele que seria o Sim mais importante da História da Humanidade. Mas de qual mãe nos lembramos neste dia? Teríamos inúmeras, algumas mães de religiosos e religiosas, outras que não assumiram um matrimônio humano, mas divino, através de sua escolha, da reprodução do Sim Marial e que gestaram inúmeros filhos espirituais, por meio de seu carisma e oração.

Também poderia se lembrar das mães anônimas, que nas suas casas ou sem casas exerceram o ato divino de trazer ao mundo, por dádiva, filhos. Em particular, na história do carmelo, mães marcantes por seus exemplos e doações são notadas. Algumas mais outras menos, isto não importa, pois trouxeram ao mundo, alguns filhos e filhas que deixaram uma doutrina e uma espiritualidade marcante e eterna. Apenas para recordar, de Beatriz de Ahumada veio Teresa, de Zélia Guérin, outra Teresa (pequena no tamanho e no nome – mas enorme na fé), de Catarina Alvarez – São João da Cruz; Maria Rolland nos ofertou a Beata Elisabete da SS. Trindade e outras mães que não nos concederam santos, mas modelos de vida, como a Serva de Deus Lelia Cossidente Amendolagine que intercede pelos casais carmelitas seculares.

Para aludir a este dia tão especial (embora todos sejam pela existência das mães) poderia se utilizar como modelo qualquer uma das mães citadas anteriormente. Mas por uma questão singela lembraremos de Lúcia Solar Armstrong que naquele dia 13 de julho, na cidade de Santiago, Chile, ofertou ao mundo Juana Enriqueta Josefina dos Sagrados Corações, a dócil Juanita, que poucos anos mais tarde seria Teresa de Jesus de Los Andes.

Mas ao recordar da mãe biológica de Teresa de Los Andes, torna-se impossível não lembrar de sua mãe espiritual, Madre Angélica Teresa do Ssmo. Sacramento. Assim, ao consultar a obra de Teresa de Los Andes, entre suas cartas, encontrar-se-á 21 correspondências com a Irmã Angélica, superiora do Carmelo de Los Andes. Esses textos constituem uma fonte límpida para se entender e admirar a relação entre mãe e filha.Com 17 anos, Juanita inicia sua correspondência com a Irmã Angélica. E relata seu desejo de viver naquele “pombalzinho” dos Andes, porém relata suas dificuldades, destacando-se a frágil saúde. Escreve ainda que nunca havia conhecido uma carmelita, exceto a vida de Santa Teresa de Jesus e de Elisabete da SS Trindade. E destaca que se dará por inteira ao seu Jesusinho. Logo na correspondência seguinte, Juanita friza que ao ler inúmeras vezes a carta recebida de Irmã Angélica, sente-se bem e pode apreciar todo o encanto da vida carmelitana. Pede a Priora que: “indique a maneira de ser inteiramente de Jesus, modelando seu amor e seus gestos com os do coração do Pai, afastando-se das vaidades do mundo”.

Em seu contínuo diálogo com a Irmã Angélica ressalta o desejo ardente de encerrar-se no “ceuzinho” do mosteiro.No ano seguinte, 1918, Juanita assegura que fica sem jeito com os carinhos recebidos de sua mãe espiritual, compreendendo que a jornada de uma carmelita é viver a união divina, vida do céu na terra, por Deus e em Deus e diz a Priora que lhe contará um segredo. Asseguro-lhe, Madre, que sinto uma confiança enorme na senhora, e é porque encontro em seu coração de mãe a ternura de N. Senhor para com minha alma. No mês de setembro, ainda de 1918, escreve a Irmã Angélica narrando sua imensa alegria, ao receber da mesma uma correspondência dizendo que havia um cantinho no “pombalzinho” dos Andes para ela. Pede que as orações da Priora levem a ela as três virtudes, da pureza, humildade e caridade. Em sua primeira visita ao Carmelo de Los Andes, Juanita dirá que o conventinho é uma casa velha e feia, mas tal pobreza falou e comoveu seu coração. Ainda dirá que teve momentos de choro quando ouviu pela primeira vez a voz da Madrezinha. Não fazia um segundo que estava ali, e minha alma gozava de uma paz inalterável. Só Deus que via meu coração poderia compreender minha felicidade. A Priora disse a Juanita: “suas dúvidas quanto à vocação são infundadas, pois já nasceste carmelita”. Em abril de 1919, escreve à Irmã Angélica relatando que já tem a permissão de seu pai para entrar no carmelo e que desejava voar para o pombalzinho em 7 de maio e viver “abscondida in Christo”.

Próximo a entrada definitiva no carmelo, escreve à Irmã Angélica para agradecer a carinhosa e consoladora cartinha que havia recebido dela. Diz ainda para a Priora que dois dias faltam para as portas do conventinho se fecharem com ela e fazer-se prisioneira de Deus. E assim, com esta história de pureza dialogal entre Teresa de Los Andes e sua eterna Madrezinha, peçamos ao Bom Pastor e a Mãe de todas e de todos, a Virgem do Carmo, que todas as carmelitas neste dia tão belo, sintam-se a cada dia mais, verdadeiras mães de seus filhos espirituais e como a Santa Madre Teresa de Jesus busquem na oração a verdadeira contemplação e significado da vida.
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Professor Hercílio Martelli Júnior

sábado, 9 de maio de 2009

ORAÇÃO À SANTA TERESINHA PELA FAMÍLIA

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Ó Santa Teresinha, anjo protetor da família cristã, vós que fostes um raio de sol em vossa famíla, dignai-vos acolher, sob vossa proteção a miha família que nesta prece recomendo ao Bom Deus. Que a paz e a alegria da vossa família alegre também a minha reproduza nela todo o bem, toda graça e virtude. Que ela seja um santuário de amor. Que o nome de Deus seja sempre adorado e bendito em minha casa. Que os Mandamentos da Lei de Deus e os ensinamentos da Igreja sejam por todos observados.
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Afastai da minha casa o pecado, o ódio e a divisão. Não haja entre nós o espírito de vaidade e que possamos viver uma vida simples e sem ostentações. Que estejam longe de minha família a desconfiança, o ciúme, a inveja, a desgraça e todos os males. Que reine sobre nós a vossa paz e a abundância do seu amor se transforme em caridade para com nossos irmãos mais pobres que batem à porta de minha casa.

Ó Santa Teresinha, modelo de filha e irmã, alegria da vossa família, pelo amor filial que tivestes aos vossos pais, eu vos peço: Abençoai a minha família. Que o bom exemplo e a virtude da graça divina desçam do céu sobre aqueles que nesta oração eu vos recomendo. Que eles cresçam no amor, na obediência e no respeito àqueles que tem a responsabilidade familiar.

Que sob a proteção e o auxílio de Maria e José, pais do Menino Jesus, minha família seja abençoada e caminhe sempre unida. Que ela seja um lugar onde reine o amor, a oração e a ação de graças, e assim, possa alcançar a felicidade da terra e a bem-aventurança do céu.
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Amém.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009

CNBB: Manifesto em favor da família


INDAIATUBA, quinta-feira, 30 de abril de 2009 (ZENIT.org).-

Publicamos o “Manifesto em favor da família”, divulgado ontem pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), durante a Assembleia Geral do episcopado, em Itaici (Indaiatuba, São Paulo).

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Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Itaici, Indaiatuba (SP), nos dias 22 de abril a 1º de maio de 2009, a caminho da “Peregrinação Nacional em Favor da Família” ao Santuário Nacional de Aparecida, dia 24 de maio de 2009, nos deparamos com constantes ameaças à vida e à família. À luz da Palavra de Deus, do Magistério da Igreja e da experiência humana, reafirmamos que:

Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, homem e mulher ele os criou (cf. Gn 1,27), destinando-os à plena realização na comunhão de vida, de amor e de trabalho. Por essa razão, o matrimônio e a família constituem um bem para os esposos e a sociedade. O amor conjugal aberto à geração e educação dos filhos proporciona a experiência de paternidade e maternidade através das quais os pais se tornam colaboradores do Criador. “O futuro da humanidade passa pela família” (João Paulo II);

O Estado e outras organizações civis estão a serviço, defesa e promoção da vida e da família. Ela é sujeito titular de direitos naturais e invioláveis. Sua legitimação se encontra na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A família tem prioridade em relação ao Estado e à sociedade, pois ela é a primeira e mais decisiva fonte onde se transmitem a vida e o seu significado e se experimentam os valores humanos para alcançar o bem da comunidade.

A família goza do direito de ser assistida por políticas públicas governamentais e sociais que possibilitem o seu acesso à vida digna, à alimentação, à saúde, à moradia, ao salário justo, à educação e escola para os filhos, à formação profissional, ao descanso, ao lazer e à infra-estrutura sanitária;
Cabe ao Estado proteger a família estável fundada no matrimônio, não por razões religiosas, mas porque ela gera relações decisivas de amor gratuito, cooperação, solidariedade, serviço recíproco e é fonte de virtudes para uma convivência honesta e justa;

Os meios de comunicação, os poderes públicos, os profissionais de saúde, as universidades, o sistema educacional, as empresas, as instituições e os organismos não-governamentais e todas as igrejas são conclamados a promover os valores da família e agirem como seus amigos;

A Pastoral Familiar, Movimentos, Serviços e Institutos sejam uma força intensa e vigorosa para anunciar o “Evangelho da vida e da família” e acolher aquelas que se encontram em situações especiais. Na verdade, a família contribui para que todos os povos reconheçam os laços fraternos que os unem, pois o mundo é chamado a ser uma grande família, um mundo de irmãos.

Pedimos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, que abençoe e acompanhe a família brasileira a fim de que nela habitem a fé, a esperança e o amor tão próprios da Sagrada Família de Nazaré. “Dobremos os joelhos diante do Pai, de quem toda família no céu e na terra, recebe seu verdadeiro nome” (Ef 3,15).

Itaici, Indaiatuba-SP, 29 de abril de 2009

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana-MG

Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira

Arcebispo de Manaus-AM
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro-RJSecretário Geral da CNBB
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